quinta-feira, 6 de outubro de 2016

GENEALOGIA:

Por: GREGÓRIO CELSO MACÊDO

A família Soares de Macêdo, como sobrenome genealogicamente composto, surgiu na Ilha Açoriana de São Miguel, Portugal, aos 03 de julho de 1677, com o casamento de Sebastião da Costa Macêdo e Maria Soares Dutra.

No Nordeste brasileiro, no ano de 1816, um descendente de Sebastião e Maria Soares, chamado Pedro Soares de Macêdo, fez essa família se unir à família “Casa Grande’’ - apelido este de um grande tronco genealógico fixado em 1741 na Ribeira do Assu e presente no Rio Grande do Norte desde 1706.

FAMÍLIAS CASA GRANDE E CASA FORTE

 
A freguesia de São João Batista da Ribeira do Assu já tinha pároco desde 1726.

O templo primitivo estava encravado numa propriedade rural particular chamada “Sítio do Icu”. Esta fazenda tinha as seguintes extremidades, respectivamente: de leste a oeste, o rio Piranhas-Açu e o ‘’senhorio do Piató’’; de norte a sul, o sítio Casa Forte e o atual bairro Farol (então parte integrante da Fazenda Poassá).

Em 1741, o capitão-mor José Ribeiro de Faria foi residir na povoação do Assu, tendo adquirido o referido ‘’Sítio do Icu’’. Além da esposa Joana Martins e da filha menor, Clara de Macêdo, acompanhavam-no as filhas Maria do Ó de Faria e Josefa Martins de Sá, com os seus respectivos esposos Jerônimo Cabral de Macêdo e Antônio Cabral de Macêdo, portugueses e irmãos entre si.

Clara de Macêdo faleceu celibatária. Doou a herança paterna, em 1774 e 1776, ao orago São João Batista: o dito “Sítio do Icu” - local onde depois surgiu a Vila Nova da Princesa e posteriormente a cidade do Assu.

Os descendentes de Jerônimo Cabral de Macêdo ficaram conhecidos como “Família Casa Grande”. Já os que provêm de Antônio Cabral de Macêdo, ganharam o cognome de “Família Casa Forte”. Assim, as proles dos genros de José Ribeiro de Faria, os irmãos Cabral, passaram a constituir dois ramos de uma mesma árvore.

Jerônimo Cabral de Macêdo e Maria do Ó de Faria tiveram onze filhos:
1. Matias Cabral de Macêdo (que foi ordenado padre);
2. Francisco Antônio de Macêdo;
3. Manoel José de Faria (pai de Ana Francisca de Faria, casada com José Francisco de Faria Casuzô – antigos proprietários da Fazenda Estevão, zona rural do Assu);
4. Jerônimo Cabral de Oliveira (proprietário da Fazenda Arraial – tendo uma filha casada com Gabriel Soares Raposo da Câmara e três filhos que se assinavam “Oliveira Cabral”, Matias Antônio, Antônio Matias e Francisco Antônio);
5. Maria Francisca da Trindade (gêmea) – casada com o capitão-mor Antônio Correia de Araújo Furtado;
6. Ana Quitéria de Macêdo (gêmea) - faleceu solteira;
7. Izabel Rodrigues de Sant’Iago - faleceu solteira;
8. Joana Maria da Conceição (segunda consorte de Luiz José de Araújo Picado);
9. Margarida de Oliveira - faleceu solteira;
10. Josefa Maria da Conceição (casada com Pedro Pereira da Costa – são os pais de Jerônimo Cabral Pereira de Macêdo, dentre outros filhos. Esse ramo constitui a família da Fazenda Morro);
11. Clara Maria do Nascimento (primeira esposa de Luiz José de Araújo Picado).

Antônio Cabral de Macêdo e Josefa Martins de Sá foram os pais de:
1. João Martins de Sá (que pela descendência de quatro netas se fez ascendente dos Freire de Carvalho, Carvalho e Ferreira de Carvalho – troncos familiares do “Piató”);
2. Manoel Antônio de Macêdo (ancestral da numerosa família Macêdo de Santana do Matos e adjacências);
3. Ana Maria de Sant’Iago;
4. Matias Cabral de Macêdo;
5. Joana Quitéria;
6. Maria Inácia;
7. Margarida de Oliveira;
8. Francisco Xavier de Macêdo, pai de Francisca Xavier de Macêdo, esposa de Gonçalo Lins Wanderley, sendo este filho de João de Souza Pimentel e Josefa Lins de Mendonça – de cujo casal originou-se grande parte da família Wanderley no Rio Grande do Norte. Unido-se aos Wanderely do Assu, consequentemente, uniram-se também aos Lins Caldas e Lins Pimentel;

O quinto rebento de Jerônimo Cabral de Macêdo, Maria Francisca da Trindade, casou-se, como já foi dito, com Antônio Correia de Araújo Furtado e tiveram três filhos: Antônia (casada com Domingos de Mello Montenegro, sem descendência); Maria do Ó de Faria (que contraiu núpcias com Luiz Francisco da Silva, filho de Simão da Silva e Bárbara da Silva) e o tenente-coronel José Correia de Araújo Furtado (casado com a prima Maria Joaquina, filha de Clara Maria do Nascimento e Luiz José de Araújo Picado). Este José Correia, neto de Jerônimo da “Casa Grande”, foi membro da Junta Governativa de 1822, no Rio Grande do Norte.

A última filha de Jerônimo Cabral de Macêdo, Clara Maria do Nascimento e seu já referido esposo Luiz José tiveram cinco filhos:
1. Maria Joaquina de Araújo Furtado, esposa do primo José Correia de Araújo Furtado, acima aludidos;
2. Ana Tereza Soares de Macêdo, esposa do português Pedro Soares de Macêdo, chegado ao Assu em 1812 (sobrinho-neto de Antônio Correia de Araújo Furtado), já mencionado.
3. Jerônimo Cabral de Macêdo;
4. João Luiz de Araújo Picado, casado com Ana Jacinta de Araújo Picado.
5. Isabel Clara de Brito, que se casou com Antônio Maciel Pereira de Brito. Originaram o clã Maciel de Brito, com ramificações em Macau, Guamaré, Seridó e até fora do Estado. Hoje com interligações com os Hashimoto (Estado de São Paulo), Nunes da Silveira e outros mais.

OS DESCENDENTES DO PORTUGUÊS PEDRO SOARES DE MACÊDO

Do casal Pedro Soares de Macêdo e Ana Tereza Soares de Macêdo descendem, além dos Soares de Macêdo, os Soares de Araújo, Soares de Amorim, os Dantas, do Assu, (provenientes de Maria Leocádia, neta do casal e consorte de Antônio Dantas Correia de Medeiros), parte da família Sá Leitão – precisamente os descendentes do primeiro matrimônio de Joaquim de Sá Leitão, casado com uma neta do casal Pedro-Ana Tereza.

Em razão dos matrimônios de Antônio Soares de Macêdo e João Soares de Macêdo Sobrinho, filho e neto de Pedro Soares, os Soares de Macêdo uniram-se aos Pereira Monteiro, Faria, Wanderley, Mariz (com raízes no sertão das Espinharas), Dantas Correia de Góis (da Serra do Teixeira, PB) e algumas outras famílias.

Apesar do elevado número de casamentos consanguíneos, a família Soares de Macêdo também fez interligações matrimoniais com os Melo Montenegro, da Silva Caldas, Fonsêca e Silva, Goes e Vasconcelos Borba, Medeiros, Oliveira, Bezerra de Araújo Cavalcanti, da Silva Chaves.

Enlaces fizeram surgir na gigantesca árvore ramos como: Caldas de Amorim, Amorim Joffily, Soares Wanderley, Macêdo Medeiros, Medeiros de Macêdo, Macêdo Montenegro, Soares Mariz, Fonsêca Soares, Amorim Macêdo, Macêdo Freire, Pitomba de Macêdo, Araújo Soares, Soares Maranhão, Melo Soares, Macêdo Caldas, Ribeiro de Macêdo, Paiva de Macêdo e tantos e tantos outros, nessa continuidade intensa e imensamente complexa que é expressão da própria vida humana sobre a terra.

Portanto, a família Soares de Macêdo, de origem lusitana, no RN é um ramo da família “Casa Grande”, com presença tricentenária nas terras potiguares.

Fazer referências aos Soares de Macêdo, quer seja enaltecendo-os, quer seja em desmerecimento, é referir-se inevitavelmente a todos as ramificações familiares aqui mencionadas e a algumas outras.

Famílias dotadas de perfeição? Não, evidentemente! Famílias semelhantes às demais: com virtudes e deméritos, acertos e deslizes, porém partícipes da construção inacabável, do Assu, do Rio Grande do Norte, e do Brasil. Que Deus conceda a mercê de podermos escrever a própria história sem ter a vil fraqueza de tentar, inutilmente, apagar a história das outras famílias.

REFERÊNCIAS:
MACÊDO, Antônio Soares de. Breve Notícia sobre a árvore genealógica da Família Casa Grande residente na cidade do Assú Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Tipografia da Companhia Libro-Typographica Natalense, 1893. 2ª Ed.. Natal, Azymuth Sebo Cultural, 2007.
MACÊDO FILHO, Juvenal de. Família Macêdo no Rio Grande do Norte. Árvore Genealógica. Rio de Janeiro: Copyhouse Impressão Digital, 2013.
MACÊDO SOBRINHO, João Soares de. Manuscritos. Assu. (Arquivo particular do autor, 2016)
MACHADO, Carlos. Genealogias Carlos Machado (Manuscrito Genealógico). Ponta Delgada: Biblioteca Pública e Arquivo Regional. Disponível em: <http://www.culturacores.azores.gov.pt>. Acesso em: 27 jul. 2013.
MEDEIROS FILHO, Olavo de. Ribeiras do Assu e Mossoró – Notas para a sua história. Mossoró: Fundação Guimarães Duque. Coleção Mossoroense. Série “C”, vl. 1360, 2003.
MEDEIROS FILHO, Olavo de. Velhas Famílias do Seridó. Brasília: Senado Federal, 1981.
MEDEIROS, José Augusto Bezerra de. Seridó. Brasília: Senado Federal, 1980.
WANDERLEY, Walter. Família Wanderley. Rio de Janeiro: Pogentti, 1966.  

Do blog: https://povodoserido.blogspot.com.br 
Postado por Fernando Caldas

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA:

Em pronunciamento realizado na sessão plenária desta quarta-feira (5), o deputado George Soares (PR) registrou que o pleito em Assú teve um resultado histórico, com a vitória da oposição, da qual o seu grupo político faz parte. O deputado disse que a oposição não chegava ao poder há 15 anos. George Soares aproveitou para agradecer aos eleitores e às pessoas que trabalharam com ele durante a campanha eleitoral.

“Quero aqui agradecer ao povo do RN, ao povo do Vale do Açu, de Jucurutu, que elegeu dois homens honestos e de origem simples, que possibilitarão a oportunidade do município ser administrada por outras mãos, cabeças e famílias. Agradecer aqui a todos os municípios e desejar que, a partir de 2017, tenhamos um ano melhor para todo o povo brasileiro e como consequência do Rio Grande do Norte”, disse.

O deputado destacou o trabalho dos 13 partidos quer formaram seu grupo político e todas as pessoas que colaboraram com a participação na campanha. “Foi uma campanha emocionante, limpa e democrática. Digna do povo do Assú”, classificou.

Por fim, George se solidarizou com os que não conseguiram obter vitória. “Estou aqui para reafirmar publicamente o compromisso com aqueles que perderam as eleições. Todos esses municípios contarão com o apoio do nosso mandato”, disse. Gustavo Soares é o prefeito eleito de Assú e a vice-prefeita eleita, Sandra Alves, será a primeira mulher vice-prefeita na história de Assú.

Crédito da Foto: Eduardo Maia
ALRN