domingo, 8 de março de 2015

DIA DA MULHER:

UMA MULHER PÔS FIM À ESCRAVIDÃO
No dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança Bourbon e Orléans. (Princesa Isabel - filha de D. Pedro II) assinou a Lei Áurea, que pôs fim à escravidão dos negros. Por trás da boa ação estavam o interesse comercial da Inglaterra e a pressão dos abolicionistas, contrários à escravidão.

Apoio da Sociedade

A campanha pela abolição da escravatura durou 18 anos, de 1870 a 1888, e foi o primeiro movimento que contou com o apoio de diferentes segmentos da sociedade urbana: advogados, jornalistas, comerciantes, estudantes e professores, além da pressão dos próprios escravos nas fazendas. 
Um dos setores contrários ao fim da escravatura era, naturalmente, o dos senhores de escravos.

OUTRA MULHER PÔS FIM A ESCRAVIDÃO EM ASSU
No dia 24 de junho de 1885 (três anos antes da Lei Áurea) aconteceu a sessão solene, proclamando a Liberdade dos Escravos Residentes no Assu. Dentro do município todos eram iguais diante a Lei.

A Sociedade Libertadora Assuense (instituição que viabilizou o feito) contava com o concurso de toda a população, conseguindo libertar todos os escravos do município, unicamente com a palavra vibrante de seus sócios, pelo amor à sublime causa da igualdade de nossos irmãos, dispensando qualquer ação judiciária. A campanha da liberdade foi feita dentro da Lei; nenhuma violência ao direito do dono do escravo, mas conquistava-se a liberdade pelo resgato pecuniário, pelo conselho persuasivo, pelos meios regulares, até que, foram declarados livres todos os escravos do Assu. 

Torna-se digno de merecido aplauso, a ação patriótica da senhora Dona Belizaria Lins Wanderley de Carvalho e Silva - Baronesa de Serra Branca -, possuidora de certo número de escravos, que, ao ter noticia do movimento de abolicionista, tratou de libertá-los e, reunindo-os em sua residência, postou-os à mesa e banqueteou-os. 

Ela própria deu uma prova evidente de seu magnânimo coração e de amor à igualdade, cingindo-se com um avental e servindo-os carinhosa e fraternalmente.

Sendo-lhe oferecida uma indenização pela alforria desses escravos, ela negou-se terminantemente a recebê-la alegando que a liberdade de seus negros devia ser feita unicamente com o seu concurso.

Foi esplêndida a festa de emancipação da lei servil. Todos iluminaram as frentes de suas casas, houve música, fogos, discursos.

O entusiasmo avolumava-se, a propaganda pela liberdade dos negros alastrava-se, os acordes dos sentimentos humanitários vibravam harmoniosamente, e aumentavam as alforrias concedidas espontaneamente pelos próprios senhores de escravos.

Era que o Assu dava vitoriosamente mais um passo na trilha dos deveres sociais e humanitários – Dentro do município todos eram iguais diante da lei. Portanto, o dia 24 de junho de 1885, para o Assu, além de ser o dia do seu Padroeiro, tornou-se símbolos dourados no peito dos assuenses a Libertação de seus escravos.
Fontes:
História do Brasil - Do Descobrimento à abertura democrática - Coleção Fique por dentro.
Assu - Marcas que se foram - Ivan  Pinheiro - Inédito.

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