sábado, 11 de janeiro de 2014

CRÔNICA

CHEIRO DE JASMIM

Maria do Perpétuo Wanderley de Castro

Entardece. Uma cortina dourada cobre os telhados de casarões e um sopro de vento afaga suas paredes. Sigo na Rua das Flores e em velho prédio vejo no alto da parede os jacarés metálicos que escancaram as bocas na espera das primeiras chuvas para a derramarem sobre a calçada incerta. Estou em um cenário em que o passado chama o presente para a fala de outros momentos e traçados urbanos e que reclama atento diálogo. 

Centro da cidade do Assú que, sertaneja, se ergue às margens do rio. Esta não é a antiga rua principal, coração da vida comunitária. Mas, na cidade, os casarões se erguem aqui e acolá, assinalando passagens e pessoas. Estendo meus passos e me encontro diante de uma fieira de azulejos na parte inferior da alta fachada e ao lado uma escadaria que em seu término conduz à sala principal de outro casarão. Dali, nas janelas com sacadas debruça-se a vida sobre os passantes, querendo saber dos acontecimentos, noivados e casamentos, vida e morte que se repetem em todos os tempos, mudando as feições, mas sempre nas notas dos encontros e partidas dos seres humanos. 

À sacada, alongo meu olhar, que vai do enternecimento por aquele passado retido em trechos de livros ou versos de um poema a este momento em que os casarões parecem apenas ecos de velhas estórias e de um tempo manso. Breve impressão que se desfaz com o eco do chamado peremptório de pessoas que amam a cidade. Esta rua hoje é a Rua Prefeito Manoel Montenegro, que, nos idos de 1940, dedicou seu trabalho a seus cidadãos e a esta cidade. Ele morou nesta rua. Nesta mesma rua também moraram o chefe político Dr. Pedro Amorim, o médico Dr. Ezequiel Fonseca. E, ao lembrar o antigo médico, vem à memória Dr. Luiz Carlos, primeiro médico potiguar que teve consultório logo ali, na rua da frente, à Praça onde se ergue o Sobrado da Baronesa.

Meu olhar vaga sobre a praça e meu pensamento divaga sobre os casarões. A Igreja matriz de São João Batista: em redor dela, outros casarões. Alguns estão próximos, outros mais distantes. Alguns, ainda à contemplação. Outros, entregues à reminiscência, porque o tempo apressado pelo novo os substituiu por outras construções que abrigam pessoas mas não guardam estórias.

Os velhos casarões têm impregnados em suas paredes os murmúrios de uma vida contemplativa e com interiorização dos valores. Onde estão os construtores e os proprietários desses casarões? Na reforma da Igreja Matriz, em dias recentes, vi uma velha telha retirada do telhado gasto; nela, o trabalhador engastara a data, como precioso registro de seu trabalho e de sua existência na cidade.

A presença dos casarões no Assú fala sobre uma vocação para a eternidade, desejo mais profundo do ser humano. Cada casarão, entre os que estão esparsos no ambiente urbano, guarda traços do passado mas não demitem de ter um papel atual. Eles são continuidade. Eles são marcos de perenidade que afirmam um compromisso efetivo com a cidade. No mundo líquido de que nos fala Bauman eles trazem a solidez de um tempo de ser, construindo-se constantemente em valores humanos.

Assim guardam-se os casarões do Assú. Acentuam, acolá no sobrado de Sebastião ou na casa de traçado rural de Migas Fonseca, ali no sobrado da Baronesa que se debruça sobre a praça ou no casarão Amorim o signo da cidade.

No oitão de alguns deles ainda florescem jasmins. O cheiro doce e suave fica em minha lembrança enquanto meus olhos percorrem amorosamente esses casarões e os ouço sussurrarem suas estórias e o eco de velhas figuras da cidade do Assú. Ver os casarões é rever traços de uma época e, nela, a identidade assuense. 

Crônica publicada na PRINCESA EM REVISTA – Ano II – nº 02 – Pag. 28/29 – Dez /2013.
Fotos: Sobrado de Vera Borges - Magno Marques / Sobrado da Baronesa - Jean Lopes. 

CONTO

DIAS DE ESCOLHAS
"Tomei consciência de que a força invencível que impulsionou o mundo não foram os amores felizes, e sim os contrariados". (Trecho do livro "Memórias de Minhas Putas Tristes").

Após olhar suas mensagens no celular, Júlia guardou o telefone. Tocando suavemente seu cabelo, olhava para o restante do bar pensativa. Nos últimos dias, vinha sentindo-se de bem com a vida na maior parte do tempo. Não sabia muito bem explicar o porquê. Não estava pulando de felicidades ou alegria, mas sentia que estava encaminhando sua vida na direção certa. 

Embora tivesse seus momentos de melancolia, julgava-os necessários e, de certo modo, até proveitosos, contanto que não os deixasse tomar de conta do seu cotidiano e de si mesma. Entendia que a tristeza era tão efêmera quanto a felicidade, e que ambas não passavam de momentos. Acreditava que ninguém poderia ser triste por uma semana ou mês inteiro, muito menos feliz. Para ela, não se era feliz nem infeliz — viviam-se felicidades e infelicidades. 

Para Júlia, elas faziam uma dança das cadeiras na qual, de acordo com a música, apenas uma conseguia tomar o lugar e sentar. Nunca as duas. Assim, tudo se tratava de uma alternância de sentimentos. Julgava que tanto a felicidade quanto a tristeza eram superestimada e subestimada, respectivamente. Chorava quando sentia que precisava chorar, quando seu corpo pedia. Ria quando a alegria saltava do seu peito, quando a felicidade e a paz corriam por suas veias. Respeitava o próprio corpo, atendendo sempre às suas necessidades. A corporeidade sempre lhe foi algo que devesse ser valorizado.

Sentada sozinha com um copo de vodka à sua frente, observava as pessoas nas mesas ao redor. Seu olhar era analítico, questionador, e, ao mesmo tempo, sereno e tranquilo; varria os rostos de cada um buscando algo. Estava só naquele bar não porque lhe faltassem companhias, mas sim porque gostava de desfrutar dos seus momentos de solidão. Sentia sempre a necessidade de reservar um tempo para si e organizar suas ideias.

Por vezes, tudo o que desejava fazer era desligar-se do mundo. Gostava de levar seu cachorro para passear na praia. Colocava seus tênis e corria centenas e centenas de metros, sentindo o suor escorrer pelo corpo. Às vezes, ficava parada na beira da praia e observava o vai e vem das ondas, perdendo-se nos próprios pensamentos. De braços abertos, sentia o bater do vento em cada canto do seu corpo. Sempre que possível, pegava seu carro e saia estrada afora. A cada paisagem, uma reflexão; uma lembrança.

Após pagar a conta do bar, saiu caminhando pelas ruas em direção ao seu apartamento, que não era muito longe dali. O relógio marcava onze e meia da noite. Já perto de seu prédio, vira um carro preto que se aproximava lentamente e com faróis apagados. A rua estava completamente deserta. Conseguia identificar dois vultos pretos dentro, mas, àquela distância, era impossível reconhecer os rostos.

Júlia parou e colocou a mão discretamente perto do lugar onde guardava a arma na cintura e aproximou-se devagar do prédio. O carro ligou os faróis e deu partida no motor. Enquanto ela ficara parada e séria olhando para o carro, duas garotas saíram conversando e gargalhando da casa onde o carro estava estacionado em frente; entraram nele logo em seguida e saíram. Júlia respirou aliviada. “Deve ser a vodka”, pensou rindo por um instante.

Já em seu apartamento, tomou um banho e foi deitar-se em sua cama. Após olhar seu celular, colocou-o em pé na sua cômoda ao lado da cama. O telefone tocara. Era Lucas, jovem policial de outra delegacia com o qual namorou durante certo tempo. Não se falavam há alguns dias, desde que ela havia terminado o relacionamento e pedido um tempo para si, a fim de por suas ideias em ordem. Embora gostasse muito dele, sentia que não poderia lhe dar o mesmo amor que recebia em troca. Muito menos achava que conseguiria continuar os próximos meses e anos de sua vida correspondendo às expectativas dele. Ainda que a relação sexual entre ambos fosse forte, isso não era, de longe, o suficiente. Sentia que ele não poderia acompanhá-la em sua vida.

Suas personalidades eram diferentes, mas tinham uma espécie de afinidade extremamente agradável. Acreditava que as semelhanças e projetos de vida comuns eram o que cimentava uma relação em longo prazo, mas não achava que as diferenças de personalidades fossem um fator decisivo na validade de um relacionamento. Pesavam, mas não validavam. Para Júlia, contanto que as vontades e planos mais íntimos de cada um não se anulassem ou se contrapusessem, era possivelmente cabível um relacionamento a dois entre duas personalidades distintas. Não acreditava em generalizações, e julgava a personalidade humana assaz singular para tirar quaisquer conclusões a priori. 

Júlia era independente, livre, ativa; sonhadora. Queria desbravar o mundo. Queria explorar tudo aquilo que pudesse. Cada caminho, cada rua, cada alma. Embora amasse a carreira de policial, não descartava a opção de se aventurar em outros ofícios ou lugares. Nunca achara que sua vida estivesse limitada a um só caminho possível. Sentia-se extremamente capaz de se adaptar a situações novas, adversas. Poderia mudar de marcha ou direção a qualquer momento. Mas procurava sempre limitar-se de alguma forma, pois tinha medo de esvaziar-se de si mesma. “Quem não se limita se esvazia”, pensava. Perder-se de si sempre fora o seu maior medo.

Sentia-se potente. Por vezes a solidão batia à sua porta, trazendo um sentimento de ausência. Romântica ao seu modo, procurava não idealizar ou fantasiar demais. Amar e ser amada jamais lhe parecera ruim. Acreditava que poderia ter uma vida conjugal agradável e viver bem, e acreditava também no contrário — que era perfeitamente possível viver bem sem namorado ou marido. No entanto, não achava que Lucas pudesse ser feliz ao seu lado. 

Não descartava a opção de que o egoísmo ou o medo pudessem estar influenciando pesadamente sua decisão, mas não queria que ambos corressem o risco. Além de sentir que não poderia fazê-lo feliz, sentia que não o amava o suficiente, ou talvez nem o amasse. E o sentimento alheio sempre fora algo importante para ela —era incapaz de fazer de alguém seu prisioneiro ou dependente.

Seu telefone parara de tocar. Naquele momento, Júlia sentiu um misto de tristeza com alívio. Tocou novamente. No escuro, olhava para o celular com um olhar de pesar. Queria culpar o destino; queria culpar a si, mas sabia que não havia culpados. Talvez cúmplices, mas não culpados.

Duas chamadas não atendidas. 

Duas vidas em caminhos diferentes.

Seus olhos se fecharam lentamente enquanto caía no sono. Em seus sonhos, Júlia estava em paz. Pela janela, a brisa fria da noite anunciava a certeza de que, ao amanhecer, a vida se renovaria.

Dia após dia.

Airton Neto - Recanto das Letras.

POEMA

ACRÓSTICO


E me vejo assim:
D inâmico quando posso ser
I ntuitivo mesmo sem querer
V erdadeiro para o meu amor
A utêntico na hora de compor
M aluquice não me dar prazer

B ondoso sem piedade
E fêmero ao me vir a chance
Z oodíaco no tópico de câncer
E xtremamente volúvel a caridade
R aramente entrego-me a embriaguez
R emo a vida em total lucidez
A mo viver, vivo em verdade.

Edivam Bezerra - Poeta assuense residindo na Bahia.

DIA DE PARABÉNS

SEU MASSENA

SEVERINO JOSÉ DE MASSENA - SEU MASSENA, no meu ponto de vista, é um cidadão de caráter ilibado. Um pai de família exemplar. Trabalhador incansável. Criou seus filhos orientando-os a seguirem nos caminhos do bem, sem, no entanto, os privar das liberdades de expressões, conhecimentos e atitudes. 

Hoje, ao completar 90 anos de existência, pela sua vasta experiência, certamente sabe da importância de ter se comportado sempre como um passageiro do tempo, conseguindo transportar suas bagagens, subindo e descendo das conduções nos momentos certos.

Recordo-me das homéricas farras da juventude (principalmente nos períodos carnavalescos), época em que SEU MASSENA morava nas Ruas 24 de junho e depois na Augusto Severo – Assu, quando, devido à sua experiência como enfermeiro (salvo engano, do exército) nos medicava e aplicava injeções para nos curar das famigeradas ressacas. Nunca, em tempo algum (redundância proposital) vi SEU MASSENA irritado, nem com os filhos e muito menos com os “convidados” que, muitas vezes, rompiam a noite no muro de sua casa num murmúrio que, certamente, lhe tirava o sono. Quando levantava pela manhã para ir à feira e via aquele amontoado de bebidas e de bêbados, num gesto afetuoso, esboçando sempre um sorriso, dizia mais ou menos assim:

- Ainda meninos? Pensam que vão acabar toda a cachaça do mundo num dia só? Não acham que está na hora de pararem? - E saia rindo.

Depois de adulto, casado, o respeito permaneceu recíproco. Sempre que cruzei com SEU MASSENA, ao cumprimentar-me, perguntava se eu estava bem... Como estava minha família? 

Cidadão respeitador, solidário e comprometido com o bem estar dos amigos e familiares.

Chegar aos 90 anos de idade, mesmo sabendo que sua saúde inspira cuidados, é uma satisfação para todos. Deus haverá de iluminar seus passos para continuar sua viagem terrena por mais alguns anos no seio de seus familiares e amigos.

Nesta data tão marcante na vida deste afável cidadão, deste espaço, parabenizo ao estimado SEU MASSENA e todos os seus familiares. 

PARABÉNS!!!!! SAÚDE E PAZ!!!!

HISTÓRIA POLÍTICA

Agenor Nunes de Maria ou simplesmente Nonô, era natural de São Vicente, região do Seridó/RN. Foi militar da Marinha, vereador (1956-58, 62) pela sua terra natal onde também foi comerciante/feirante, além de agropecuarista, cooperativista, sindicalista rural, deputado estadual (1962-66), deputado federal em 1968 e 1983. Nas eleições de 1974, a convite do ex-governador Aluízio Alves foi candidato a senador da república. Uma jogada estratégica do ex-governador Aluízio Alves. Consta-se que ele, Agenor, teria dito a Aluízio que não dispunha de recursos financeiros para fazer a sua campanha, porém não tinha nada a perder. No que aceitou aquele convite, percorreu o estado com os seus companheiros de MDB, apresentou-se na televisão (foi, salvo engano, a primeira campanha política inserida no rádio e televisão, no estado norte-riograndense (TV Universitária, da UFRN, de Natal). Pois bem, com aquele seu linguajar próprio do sertanejo, ganhou a eleição para o grande jurista, deputado federal Djalma Aranha Marinho da ARENA, por quase 20 mil votos de maioria. Djalma tinha o apoio do presidente da república (regime militar), além do senador Dinarte Mariz e do governador já nomeado Tarcísio de Vasconcelos Maia. 

Senador atuante, combativo. Os seus pronunciamentos no Congresso Nacional, encantava. Publicou através da gráfica do senado daquela alta câmara, os livros intitulados de "Os Roteiros de Uma Luta", 1975, "Rio Grande do Norte do Presente", 1977, além de ter recebido várias honrarias.

Lembro-me que em 1985 estive em seu gabinete em companhia do prefeito do Assu Ronaldo Soares quando ele, Maria, exercia o cargo de deputado federal. E Agenor a ler alto, emocionado, o texto do discurso que o seu colega de parlamento deputado paraibano Raimundo Asfora teria pronunciado na tribuna da câmara dos deputados, traçando o seu perfil, considerando aquele parlamentar potiguar tatuado como "a mais bela voz rústica do parlamento brasileiro.”.

Se o ex-senador carioca chamado Darcy Ribeiro disse que "o Céu é melhor que o senado", Agenor Maria pronunciou na tribuna do congresso nacional: "O céu precisa ser muito bom pra ser igual ao senado".

Postado por: Fernando Caldas

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

HISTÓRIA

NOMES DO ASSÚ - PARTE FINAL

Emancipação política e administrativa

Luiz Gonzaga de Brito Guerra - Barão do Assú
No ano de 1845 assumiu, interinamente, a Presidência da Câmara Municipal de Villa Nova da Princesa, o Juiz de Direito Dr. Luiz Gonzaga de Brito Guerra (foto) até outubro de 1845. O Macapá, (região do Assú onde fica a ‘Lagoinha’), nessa época, pertencia a Câmara Municipal. (Silveira, 1995; 77). 

No dia 30 de setembro de 1845 o então Deputado Provincial, João Carlos Wanderley, deu entrada ao Projeto Provincial, para elevar a Villa Nova da Princesa à categoria de cidade, com o nome de Assú, sendo aprovada pelos nobres deputados.

Finalmente, em 16 de outubro de 1845 foi sancionada a lei número 124, aprovada pela Assembléia Legislativa Provincial, elevando a Villa Nova da Princesa, pátria do finado Senador Francisco de Brito Guerra, à categoria de cidade, com o nome de ASSÚ - (com dois esses e acento agudo no “U”).

LEI Nº 124 – Elevando á categoria de Cidade a Villa Nova da Princeza, com a denominação de Cidade do Assú.
O Dr. Casimiro José de Moraes Sarmento, Presidente da Provincia do Rio Grande do Norte. Faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembléa Legislativa Provincial decretou, e eu sanccionei a Lei seguinte:
Artigo Unico. Fica elevada á categoria de Cidade a Villa Nova da Princeza, patria do finado Senador Francisco de Brito Guerra, com a denominação de Cidade do Assú; e revogada qualquer disposição em contrario.
Mando, portanto a todas as Autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumprão e fação cumprir tão inteiramente como nella se contém. O Secretario interino desta Provincia a faça imprimir, publicar e correr. Palacio do Governo do Rio Grande do Norte, 16 de Outubro de 1845, vigesimo quarto da Independencia e do Imperio.
(L. S.) Dr. Casimiro José de Moraes Sarmento.
Lei da Assembléa Legislativa Provincial, que V. Exc. Houve por bem sanccionar, elevando á categoria de cidade a Villa Nova da Princeza, com a denominação de Cidade do Assú.
Para V. Exc. Ver.
João Ferreira Nobre a fez.
Publicada e sellada nesta Secretaria do Governo do Rio Grande do Norte aos 16 de Outubro de 1845. O Secretario interino – José Nicacio da Silva.
Registrada á folhas 178 do livro primeiro de semelhantes. Secretaria do Governo do Rio Grande do Norte, em 17 de Outubro de 1845 – O Segundo Escripturario.
José Martiniano da Costa Monteiro. (Fonte: Arquivo Nacional)

O Ato Público da Proclamação da Independência do Município e da posse do novo Presidente da Câmara Municipal Senhor Coronel Manoel Lins Caldas, o qual, a partir daquela data, assumiria os destinos do recém criado município do Assú, deu-se no “Alto do Império” – atualmente este local recebe o nome de Praça São João Batista.       
Fonte: Assu - Dos Janduís ao Sesquicentenário - Ivan Pinheiro

SANTANA DO MATOS

Morre, aos 86 anos, o ex-prefeito e Monsenhor José Edson Monteiro, o "Padre Monteiro"
Faleceu na noite desta quinta-feira (09), no Hospital Dr. Clóvis Avelino, o Ex Prefeito e Monsenhor, Jose Edson Monteiro com 86 anos de idade. 

O sepultamento do corpo do Monsenhor José Edson Monteiro acontecerá nesta sexta-feira (10/01) ás 16h na Igreja Matriz de Nossa Senhora Sant'Ana. A celebração será presidida pelo Arcebispo Dom Jaime. 

Em novembro do ano passado, a igreja comemorou os 61 anos de sacerdócio de um dos homens público-religioso mais querido da cidade de Santana.
Padre Monteiro, como era conhecido, nasceu no dia 28 de setembro de 1927, na então Vila de São Romão, hoje Cidade de Fernando Pedrosa, Sertão Central do RN.

Estudou as primeiras letras no Grupo Escolar da Vila de São Romão, onde cursou até a quinta série do primário.

Biografia
Em 1939, o Pe. Manoel Tavarez, Vigário de Angicos fez convite para participar da Escola Preparatória Santo Cura D´Ars, onde o jovem José Edson Monteiro continuou sua Iná estudantil.

No dia 02 de fevereiro de 1941, com 13 anos, ingressou no Seminário Menor de São Pedro em Natal, onde estudou por seis anos, equivalente ao curso ginasial.

Em 1947 matriculou-se no Seminário Maior da prainha em Fortaleza-Ceará. Onde cursou Filosofia por dois anos e Teologia por quatro anos.

Foi ordenado Presbítero no dia 30 de novembro de 1952, na Matriz de São Pedro – Natal, por Dom Marcolino de Esmeraldo de Sousa Dantas.

Celebrou a sua primeira Missa no dia 05 de dezembro de 1952.

Foi enviado como vigário cooperado do Mons. Expedito na Paróquia de São Paulo do Potengi no dia 15 de dezembro de 1952

No dia 08 de fevereiro de 1953 tomou posse como vigário da Paróquia de Sant´ana.
No dia 09 de fevereiro fundou o Centro Social Anita Fernandes

Organizou as comunidades Eclesiais de Base e as Escolas Radiofônicas. Contribuiu na fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

No mês de setembro de 1966 a setembro de 1967 viajou a Roma para fazer o Curso de Sociologia Pastoral. Nesse período esteve na terra Santa. Foi nomeado Capelão do Colégio da Imaculada Conceição em Natal em 25 de Julho de 1975.

Foi prefeito de Santana do Matos por duas vezes (31 de Janeiro de 1969 a 31 de janeiro de 1973; 31 de janeiro de 1977 a 31 de Janeiro de 1983).

Postado por altonoticias/Aluízio Lacerda.

DESCOBERTA

Pesquisadores da UFRN descobrem espécie de peixe no sertão potiguar

PAROTOCINCLUS SERIDOENSIS É UMA ESPÉCIE ENDÊMICA DO RIO PIRANHAS-AÇU. ARTIGO FOI PUBLICADO NA REVISTA NEOTROPICAL ICHTYOLOGY, ESPECIALIZADA NA ÁREA.
Arthur Barbalho Do G1 RN
Espécie foi descoberta na bacia do rio Piranhas-Açu 
(Foto: Reprodução/Neotropical Ichtyology)

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) anunciaram a descoberta de uma nova espécie de peixe na bacia do rio Piranhas-Açu, na região Seridó do estado, e parte da Paraíba. De acordo com a pesquisa coordenada pelo professor Sérgio Maia Queiroz Lima, da UFRN, o Parotocinclus seridoensis foi identificado como uma espécie endêmica (que só existe nessa região). O artigo foi publicado no último dia 27 de dezembro na revista Neotropical Ichtyology, especializada na abordagem de assuntos sobre peixes de regiões neotropicais (veja aqui o artigo).

Cerca de 20 pessoas participaram do projeto. Colaboraram também o professor Heraldo Antonio Britski, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), o pesquisador Telton Ramos, da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (Fapern), o pesquisador em ictiologia (ramo da biologia que estuda os peixes) Heraldo Antonio Britski, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), e o então aluno de graduação da UFRN, Luciano Barros Filho. A pesquisa foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Ao G1, Luciano explicou que a pesquisa aconteceu no período de um ano, entre 2012 e 2013. "Começamos as pesquisa ainda em 2012. O objetivo era fazer um levantamento das espécies existentes nas bacias que farão parte da transposição do rio São Francisco, dentre elas, a do Piranhas-Açu", contou.

O pesquisador explicou que o Parotocinclus seridoensis foi encontrado em boa parte do leito do Piranhas-Açu, com maior concentração no alto da bacia, em uma região que fica no município de Caicó, na região Seridó do RN. "Fazíamos coletas em toda a bacia. Com a pesquisa constatamos que a espécie é endêmica da região, o que já pode colocá-la na lista daquelas que estão ameaçadas de extinção já em 2014", disse Luciano.
Paratocinclus seridoensis é encontrado no Rio Grande do Norte e na Paraíba 
(Foto: Reprodução/Neotropical Ichtyology)

De acordo com Luciano, a pesquisa é importante pois a região onde a nova espécie foi descoberta ainda é pouco conhecida. "É uma região que foi pouco estudada e que ainda pode ter outras espécies em situação semelhante. Precisamos estudar mais essas bacias hidrográficas", falou o pesquisador.
Rio onde espécie foi descoberta fica na região Seridó do RN 
(Foto: Reprodução/Neotropical Ichtyology) 

Postado por Carnaubais em Foco

HISTÓRIA

PENA DE MORTE NO RIO GRANDE DO NORTE

ANDERSON TAVARES, Historiador
e Genealogista
A pena capital ainda é aplicada em muitos países, inclusive em nações consideradas desenvolvidas, mas que não encontraram uma forma de compreender e tratar questões de delitos praticados pelos seus cidadãos de forma menos cruel e desumana.

Vivendo em um regime democrático de direito, parece-nos distante a ideia de pena de morte. Contudo, historicamente, havia a aplicação da pena considerada já na Constituição Imperial Brasileira de 1824, e era monstruosamente aplicada através do sistema de forca.

No Rio Grande do Norte, a pena de morte arrancou da vida quatro indivíduos por ordem da lei; José Pretinho foi enforcado a 23 de maio de 1843, Inácio José Baracho a 30 de julho de 1845, Alexandre José Barbosa a 31 de outubro de 1846 e Valentim José Barbosa, fugindo a praxe habitual por não ter sentenciado que o executasse, foi morto por fuzilamento a 7 de agosto de 1847.

Pelo Código de Processo Criminal Imperial (Lei de 29 de novembro de 1832), conhecemos a marcha processual que não era simples.

Aberto o inquérito, apurados os indícios, com a direção do delegado de policia, podia este pronunciar, enviando imediatamente os autos ao juiz municipal a quem cabia sustentar ou revogar a dita pronuncia. O passo seguinte era um júri de acusação para positivar ou não a
matéria justificativa da pronuncia e o juiz de direito concordava ou não com a decisão, remetendo os autos ao promotor público para que este apresentasse o libelo-crime-acusatório.

Libelado, procedia-se o júri. Condenado, o juiz de direito, ex-officio, apelava para a Relação do Distrito. Negado o provimento volviam os autos com o acórdão. Intimado o réu da decisão contraria, tinha este os oito dias para o Recurso da Graça, em petição encaminhada diretamente a sua majestade imperial o imperador, na esperança da comutação da sentença de morte em prisão perpetua, conhecida popularmente por galés perpetuas. Não sendo digno da imperial graça do Poder Moderador do imperador, o ministro da justiça comunicava às autoridades por aviso.

O juiz municipal anteriormente oficiado pelo juiz de direito, intimava o réu e marcava o dia da execução. Após o escrivão intimar a promotoria pública, iniciava-se a montagem da forca, geralmente na tarde da véspera ou alta madrugada do dia maldito, custeado pelo governo provincial.

Na cidade do Natal a forca era armada no largo do Quartel da Tropa de Linha, depois praça Tomás de Araújo Pereira. Informa Luiz da Câmara Cascudo que também ergueram a forca onde era o mercado do peixe, posteriormente mercado público da Cidade Alta e, atualmente, sede do Banco do Brasil. A forca não permanecia armada. A lei mandava desarmá-la logo após o suplicio.

O código de processo criminal não versava sobre os carrascos e ante a omissão da lei, não havendo carrasco oficial, designava-se um sentenciado igual de pena e, em sua falta outro qualquer.

A forca se erguia numa extremidade do tablado alto, espécie de palanque sem coberta, ao ar livre. Tinha, no braço horizontal, uma argola de ferro onde passava a corda, bem nova e untada de sebo para escorregar o pescoço do condenado.

Pela manhã do dia do suplicio o réu era barbeado e seguia acompanhado pelo juiz municipal, pelo promotor e pelo escrivão para assistir uma missa na matriz da Apresentação, quase fronteira da cadeia pública. Antes da elevação o préstito seguia compassado como uma procissão, cercado pelos soldados e curiosos.

O escritor Luiz da Câmara Cascudo recolheu de contemporâneos destes tristes espetáculos os nomes das ruas pelas quais teria que percorrer o réu com seu vestido ordinário e as mãos algemadas. Assevera Luiz da Câmara Cascudo: “o caminho era pela rua Grande (praça André de Albuquerque), rua Santo Antônio, rua do Sebo (General Osório), rua da Palha (Vigário Bartolomeu), rua Nova (Rio Branco), descendo até a praça do peixe (atual Banco do Brasil)”. Uma multidão aguardava o cortejo sinistro e os pais e professores levavam seus filhos e alunos para que aquele ato servisse como exemplo.
 
O padre, que havia acompanhado todo o espetáculo desde a prisão, ofertava ao condenado já ao pé da forca a última dádiva das senhoras católicas locais: vinho do porto com pão de ló. Depois, de degrau em degrau alcançava o alto onde o carrasco passava a laçada no pescoço do réu e ao sinal previamente ajustado, o juiz municipal retirava o chapéu – o condenado era jogado aos ares. O peso da vitima a estrangulava.

A multidão compacta na frente do patíbulo ouvia, no estertor derradeiro, o estalar das vértebras cervicais que se partiam. Com os últimos estribuchões o réu ficava imóvel. Cobriam o cadáver com um pano grosseiro. Após algumas horas pendurado a família podia reclamar o corpo e sepultá-lo sem pompa, sob pena de prisão de um mês a um ano, conforme se observa do art. 42 do código criminal. 

Os condenados sentenciados eram sepultados nos adros da capela de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos."

FONTE: http://www.historiaegenealogia.com/ Laélio Ferreira de Melo

PREOCUPAÇÃO

Após trinta anos de atividade, a represa está hoje com 34,81% da sua capacidade. Apesar da meteorologia ter boas expectativas para o inverno, para evitar o colapso de abastecimento das cidades supridas pela barragem, a Caern apresentará na próxima segunda-feira, 13, um plano de racionamento de água para a região do médio oeste.

Cidades abastecidas pela Armando Ribeiro

Adutora Aluízio Alves ou Sistema Adutora Sertão Central 
Fernando Pedrosa, Angicos, Lajes, Pedro Avelino, Jardim de Angicos, Pedra Preta, Caiçara do Rio dos Ventos e Riachuelo

Sistema Médio Oeste 
Triunfo, Paraú, Campo Grande, Messias Targino, Janduís e Patu

Sistema Adutora Manoel Torres
Jardim de Piranhas, Timbaúba dos Batistas, São Fernando e Caicó

Sistema Adutora Serra de Santana
Florânia, São Vicente, Bodó, Tenente Laurentino e Lagoa Nova

Sistema Adutora Jerônimo Rosado
Serra do Mel e Mossoró

Sistema Adutora Macau 
Guamaré, Baixa do Meio

Sistemas isolados abertos e jazante do rio Piranhas-Açu
Pendências, Jucurutu, São Rafael, Assu, Carnaubais, Alto do Rodrigues e Ipanguaçu

Total: 34 cidades

Postado por Toni Martins

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PARA REFLETIR

NADA melhor para a felicidade que trocar as preocupações por ocupações. 
(C. Wagner). 

SECA


A barragem Armando Ribeiro Gonçalves está com o menor volume de água desde que foi construída, em 1981. O nível da barragem chegou a 34,81%, o que corresponde a 835.400.000 metros cúbicos. O reservatório é responsável pelo abastecimento de 34 cidades da região e tem capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Apesar do baixo nível da barragem, a coordenadora de Gestão de Recursos Hídricos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Joana Darc Freire de Medeiros, informou que é precipitado falar em racionamento do abastecimento da região. “Apesar do baixo volume d’água, nós ainda temos 800 milhões de metros cúbicos de água, é muita água porque a barragem é muito grande”, disse. Segundo ela, a orientação é aguardar a divulgação da previsão climática para o inverno para só então decidir sobre a possibilidade de racionamento. “Se a previsão for de um inverno com chuvas muito abaixo do normal podemos ter racionamento, mas por enquanto vamos aguardar. Tudo vai depender de como se comporta o inverno”, disse.
Postado por Jarbas Rocha.

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Prefeito Ivan Júnior
O Ministério Público Estadual (MPE), através da 1ª Promotoria de Justiça da comarca de Assú, promoveu Ação Civil Pública em desfavor de Ivan Lopes Júnior (PROS), prefeito da cidade do Assú, e Eco Propaganda e Marketing Ltda. estabelecida na capital potiguar, para apurar possíveis irregularidades no Contrato nº 78/2011, por estar em desacordo com a Lei de Licitações.

O Juízo da 1ª Vara Cível da comarca de Assú, em dezembro de 2011, concedeu a liminar para suspender os efeitos do contrato firmado entres os investigados e, em abril de 2013, recebeu a ação para possibilitar a investigação dos fatos levantados pelo MPE.

Após apresentação de defesa e da instrução, com a oitiva dos investigados, prefeito Ivan Júnior, e do representante da Eco Propaganda e Marketing Ltda., João Maria Medeiros, além das testemunhas, o processo, em 07 de janeiro corrente, terça-feira última, foi remetido à Comissão de Improbidade Administrativa para julgamento.

A Comissão da Improbidade Administrativa foi instituída pelo Tribunal de Justiça do RN (TJRN) através da Portaria nº 767/2013, com o objetivo de julgar os processos contra a administração pública, distribuídos perante a Justiça Federal e perante a Justiça Estadual até dezembro de 2011.

Tal célula é formada pelos juízes Airton Pinheiro, Flávia Sousa Dantas Pinto, Cleanto Alves Pantaleão Filho, José Herval Sampaio Júnior, Cleanto Fortunato da Silva e Fábio Wellington Ataíde Alves. 

Os magistrados ficam encarregados de planejar, organizar e executar ações necessárias ao cumprimento da Meta 18 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

A criação do referido organismo especial foi destacada em matéria produzida pela assessoria de comunicação do Poder Judiciário e publicada no site do TJRN – AQUI.

O andamento do processo nº 0002423-09.2011.8.20.0100 pode ser consultado por qualquer cidadão através do e@SAJ, portal de serviços da página eletrônica do Poder Judiciário do RN.
Postado por Pauta Aberta

HUMOR DAS ANTIGAS

O Cruzeiro - 15 de outubro de 1960

LUTO

Morre João Faustino

Com pesar o blog informa o falecimento as 02:00h da manhã de hoje do ex-deputado e ex- senador João Faustino.
João deu entrada na segunda-feira no Hospital do Coração com um principio de pneumonia que depois veio a ser diagnosticado como uma Leucemia.
Iria para São Paulo se tratar hoje na madrugada, mas infelizmente o quadro se agravou ligeiro demais e nem isso foi possível.
João do “Coração” que era o slogan usado por ele nas suas campanhas políticas, saiu de professor de sala de aula para ser uma das figuras mais importantes da política do RN no final do século XX.
João foi deputado Federal por 2 mandatos, foi candidato a Governador numa chapa para senador com José Agripino e Lavoisier Maia denominada de “João, Lavo e Jajá”. Assumiu o mandato de Senador sendo suplente de Garibaldi Filho. Foi secretário geral do gabinete civil da Presidência da Republica no Governo FHC, foi secretário de diversas pastas no Governo Estadual e Municipal do RN e de Natal e era o Presidente de honra do PSDB no RN.
Um verdadeiro gentleman, João deixa uma legião de amigos.
Meus sentimentos a Dona Sonia, a Edson, Fafá e Lissa
O velório será às 9 h e o sepultamento às 17 h no Morada da Paz. Ambos em Emaus.
Postado pelo Blog do BG.

TELEVISÃO

Participação de comunicador assuense no TV Xuxa vai ao ar no dia 25

Integrante do programa de rádio “A Hora do Ministério do Forró”, levado ao ar todo sábado a partir de 17h pela Rádio Princesa do Vale, e do site “Ministério do Forró”, o comunicador assuense Renan Targino comunica que está confirmado para o dia 25 de janeiro, um sábado, às 14h30 (horário de Brasília) sua participação no programa TV Xuxa, na Rede Globo de Televisão.

Fã da apresentadora Xuxa Meneghel, Renan Targino inscreveu-se por e-mail no quadro “Realize o Seu Sonho” no dia 08 de dezembro e, no dia 11 do mesmo mês, recebeu uma ligação telefônica da produção do programa confirmando que ele havia sido classificado para participar das gravações do TV Xuxa em Angra dos Reis (RJ).

Ele disse que estar ao lado de Xuxa foi uma realização profissional e pessoal, ressaltando que a apresentadora é uma pessoa simpaticíssima.

Na mesma audição do programa que teve sua participação também se apresentou a dupla sertaneja Victor & Léo que, coincidentemente, esteve em Assú em 2012 como atração da agenda musical do São João da cidade.

Fonte: Pauta Aberta

NOTA DE PESAR

Faleceu nesta manhã de quinta feira, 09 de janeiro, o senhor LUIZ BARTOLOMEU DANTAS - O popular LUIZ DANTAS (foto) - assuense, nascido no dia 24 de agosto de 1929. Casado com dona Líbia Nogueira da Silva cujo matrimônio nasceram 13 filhos, 03 homens e 10 mulheres. 

Luiz Dantas residia na Rua Monsenhor Júlio Alves Bezerra. Carpinteiro de renome. Proprietário de serraria especializada na confecção de carrocerias de veículos, carroças e similares. Homem de humor aguçado. No trabalho ou em qualquer lugar onde estava procurava sempre descontrair o ambiente com suas loas. Contador de causos espetaculares.

Através de sua filha Aparecida Dantas e de seu genro Sidney Cosme Pereira externamos nossos pêsames a todos os seus familiares. 

Aos familiares e amigos de Luiz Dantas vale lembrar a frase poética do pensador Amado Nervo: "Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós".

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

LIVROS

Lançamentos Azymuth

Estão à venda os novos lançamentos do Azymuth, trata-se dos livros: Alma em Versos e Rimario Infantil da autora Carolina Wanderley (1891-1975), publicados respectivamente em 1919 e 1926. Ambos são fac-similares e contam com a introdução de Wandyr Villar.

Depois de 87 anos é a primeira vez que uma obra da vate e teatróloga norte-rio-grandense é reeditada. Esses são as duas únicas publicações da autora.

Venda dos Livros:

Os livros encontram-se em algumas livrarias de nossa capital. Custam: R$ 24,00 (Alma em Versos) e R$ 33,00 (Rimario Infantil). Também podem ser comprados diretamente no Azymuth, mediante contato prévio. Parte das vendas ajudará o Hospital Infantil Varela Santiago.

Contatos deverão ser feitos junto a editora editoraazymuth@yaho.com.br ou pelo telefone 9420-8397 (claro).

Os próximos lançamentos serão: 

01. Padre João Maria – Boanerges Soares.

02. Lira de Poti – Antônio Soares.

03. O Espiritismo e os Sábios – José da Penha.

04. O Que foi a Dissolução do Tiro de Guerra 18 - Moysés Soares.

05. O Natal Club e sua Primeira Década - Moysés Soares.

06. Discurso e Conferência – Padre Pedro Paulino.

07. Farpeadas – Sandoval Wanderley.

08. Minha Luta Política – Sandoval Wanderley.

09. Julgai-me Senhores – Sandoval Wanderley.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

RELIGIÃO

Vale do Açú comemora nesta terça-feira o Dia Estadual à Memória da Beata Mártir Irmã Lindalva
O povo do Vale do Açú comemorou nesta terça-feira (07/01) o dia em homenagem à Padroeira Irmã Lindalva, freira assuense assassinada em 1993 e beatificada em 2007 pela Igreja Católica, em cerimônia realizada no estádio Manoel Barradas, na cidade de Salvador, capital do Estado da Bahia.

A assuense Irmã Lindalva – a mártir da fé – foi assassinada em 9 de abril de 1993, uma Sexta-feira Santa, aos 39 anos, por Alberto da Silva Peixoto, então interno da ala masculina do abrigo Dom Pedro II. O processo de beatificação foi iniciado no ano 2000 e concluído em 2007.

Em 2011, o deputado estadual George Soares propôs um projeto de lei que instituiu o “Dia Estadual à Memória da Beata Martir Irmã Lindalva Justo de Oliveira”, com a data oficializada de 7 de janeiro, dia de batismo da beata na Igreja Católica. Desde então a população do Vale do Açú tem uma data oficial para comemoração e homenagens à padroeira Irmã Lindalva.
Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

PARA REFLETIR

REALMENTE é para desejar a nossa descendência de gente notável; mas a glória pertence aos nossos antepassados.
Plutarcho.

ASSU

FESTA DA PADROEIRA IRMÃ LINDALVA

A festa religiosa alusiva a Padroeira Irmã Lindalva teve seu início nesta terça-feira, dia 7 de janeiro, às 6;00 horas da manhã, com uma celebração litúrgica na residência dos seus familiares, situada à Rua Monsenhor Júlio Alves Bezerra/Assu - RN.

A festa de irmã Lindalva que acontece no Bairro Janduís, será vivenciada pelos católicos no período de 7 a 17 de janeiro. Constam da programação: missas, novenas, procissões, almoço e a tradicional cavalgada (saindo da Matriz de Irmã Lindalva com destino ao sítio Malhada da Areia - Piató) que ocorrerá no próximo domingo, dia 12 de janeiro.

Ainda hoje, (terça-feira - 07 de janeiro) acontecerá uma procissão saindo às 18 horas da residência dos familiares até a igreja matriz de Irmã Lindalva / São Cristóvão, quando o bispo diocesano Dom Mariano Manzana fará a abertura solene. 

Deste espaço desejamos sucesso aos responsáveis pela organização dos festejos e aos devotos de Irmã Lindalva que vivenciarão, com carinho fé e devoção, este período de irmandade Cristã.
IRMÃ LINDALVA JUSTO DE OLIVEIRA - A BEATA

A solenidade de beatificação de Irmã Lindalva Justo de Oliveira (foto) ocorreu, às 16 horas, do dia 02 de dezembro de 2007, no estádio Manoel Barradas (Barradão) em Salvador – Bahia. 
Para que uma pessoa seja beatificada é necessário um longo processo de análise e estudo na igreja católica. Postulador de vários processos de beatificação e canonização, monsenhor Francisco de Assis Pereira, comentou (Poti/2007) que antigamente somente o Papa podia promover uma causa de canonização, mas hoje em dia, os bispos têm autoridade para isso.

Assis destacou que para se tornar beato é necessário comprovar um milagre ocorrido por sua intercessão, no entanto, no caso dos mártires, não é necessária a comprovação de milagre. Dessa forma, Irmã Lindalva passou a ser Venerável em 16 de dezembro de 2006, quando o decreto do seu martírio como serva de Deus foi promulgado.

A cerimônia da beatificação foi realizada já que ela é dispensada de milagre. A canonização se dará quando acontecer à comprovação de um milagre. Comprovado o milagre a beata será canonizada e a Santa passará a ser cultuada universalmente. 

O processo de beatificação de Irmã Lindalva foi um dos mais rápidos entre os beatos brasileiros. Ele foi iniciado em 17 de janeiro de 2000 e em 03 de março de 2001, um ano e três meses depois, já estava sendo concluído. Como ela foi considerada mártir da Igreja Católica, a comprovação de milagres para se tornar beata não foi necessária. 

Católicos comparam morte de Lindalva a de Cristo – Os médicos legistas contaram 44 facadas no corpo de Lindalva. Naquela Sexta-Feira Santa, enquanto Cristo morria na cruz, ela morria na sua enfermaria. Cristo levou 39 açoites, e com as 05 chagas, dos pés, mãos, ao todo 44, unia simbolicamente a morte de Lindalva à sua paixão, que um pouco antes ela acabara de celebrar na Via-Sacra. Com impressionante realismo, poderia ser repetidas as palavras de Cristo no Evangelho: “Não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida em resgate de muitos” (Mt 20,28).

A assuense irmã Lindalva – a mártir da fé – era conhecida por sua paciência e bondade. Irmã Lindalva cuidava dos internos da ala masculina do abrigo Dom Pedro II. Era o seu primeiro trabalho, depois de fazer seus votos, em Natal. 
A sua alegria, jeito carinhoso com que tratava os internos, chamou a atenção de Alberto da Silva Peixoto, 47 anos, que se dizia apaixonado por ela. Desiludido da paixão, Alberto saiu bem cedo do abrigo, foi a uma feira livre, comprou uma faca-peixeira e retornou com a arma branca enrolada num pedaço de papel. Alberto desferiu 44 facadas na freira, quando ela servia o café-da-manhã, pouco depois de participar da Via-Sacra da paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem. Esta tragédia ocorreu na sexta feira da paixão do ano de 1993. Irmã Lindalva tinha 39 anos. 

A alegria, a paciência e a simplicidade de Lindalva Justo de Oliveira sempre foram suas marcas, desde a meninice, no sítio Malhada de Areia, à margem da Lagoa do Piató. Após entrar para a ordem das “Filhas da Caridade”, Irmã Lindalva se destacou pelo amor ao serviço aos mais carentes, mas nunca perdeu o sorriso e o brilho nos olhos que a todos cativavam. No tradicional asilo soteropolitano, Irmã Lindalva se realizava. Dava banho nos idosos, vestia, alimentava, dava remédios, carinho e conforto. Cantava e tocava violão para eles. Pouco a pouco conquistou o amor de todos os internos. Era feliz assim.

Lindalva Justo de Oliveira nasceu em Assu no dia 20 de outubro de 1953. Filha de João Justo da Fé e de Maria Lúcia da Fé. Ainda jovem, ela saiu de Assu para estudar em Natal, onde cuidou do pai, doente de câncer. Depois, comunicou a família sobre sua vocação religiosa, e ingressou na Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. 

Depois que se tornou freira, em 1991, foi para Salvador. Apesar do pouco tempo de vida religiosa, Irmã Lindalva conseguiu demonstrar a força de seu amor e fé pela vida cristã. 

Em Assu, na Rua Monsenhor Júlio Alves Bezerra, ainda moram a mãe e alguns irmãos. Maria Lúcia da Fé (foto) - a mãe, o sobrenome parece fazer jus à forma como vive e como criou doze filhos. 

Paciente, bem humorada e serena, dona Maria Lúcia da Fé tem consciência de que é mãe de uma quase santa. Diariamente, ela faz orações para a própria filha. Pede graças e têm recebido algumas.