terça-feira, 9 de dezembro de 2014

UM ASSUENSE RENOMADO:

EM PAZ COM O ESPELHO
Acompanhamento de diversos profissionais é fundamental para o sucesso da cirurgia bariátrica - a "redução de estômago"
Um tratamento para obesidade, que não incluísse medicamentos e com uma porcentagem de sucesso elevada, era apenas um sonho, em um passado recente. A cirurgia bariátrica e metabólica - conhecida como "redução de estômago", vem mudando a realidade de milhões de pessoas obesas pelo mundo. O conceito metabólico foi incorporado há cerca de seis anos pela importância que a cirurgia adquiriu também no tratamento de doenças, como o diabetes e a hipertensão - as comorbidades. O Brasil é o segundo país no globo que mais realiza este tipo de procedimento.

Em Natal, o cirurgião Nelson Santos Neto é um dos mais experientes, acumula mais de 2.000 cirurgias em seu privilegiado currículo, ao longo de seus 14 anos de carreira, além de ser membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e da Federação Internacional de Cirurgia Bariátrica.

Natural de Assu o potiguar não somente faz seu trabalho no Rio Grande do Norte como também viaja o Brasil participando de várias equipes cirúrgicas e também ensinando técnicas de cirurgias bariátricas por videolaparoscopia para outros cirurgiões. Alagoas, paraíba, São paulo, Minas Gerais, além do Distrito Federal, são destinos constantes do médico, que recentemente retornou do Congresso Mundial de obesidade, no Canadá, e também participará da Obesity Week, a ser realizada em Boston, no início de novembro.

O bypass gástrico, técnica mais utilizada por Nelson, é uma cirurgia que grampeia e divide parte do estômago, o que evita grande ingestão de alimentos e também aumenta o nível de hormônios que dão sensação de saciedade e diminuem a fome da pessoa. "essa técnica é a mais realizada no Brasil e corresponde a 75% das cirurgias feitas no país", observa ele, que foi um dos mais jovens especialistas em Natal a realizar o procedimento por videolaparoscopia.

Ele explica que para se ter sucesso com a cirurgia é preciso um trabalho primoroso de preparo do paciente, além do acompanhamento depois do procedimento. Uma equipe multidisciplinar, composta por cirurgiões experientes, anestesista, nutricionista, fisioterapeuta respiratório, psicólogo, endocrinologista, pneumologista, cardiologista e enfermeiro, é fundamental nesse processo. "Os pacientes são avaliados individualmente, preparados para antes, durante e depois da cirurgia. Criamos um vínculo com ele, assim como com seus familiares, e isso favorece o sucesso da cirurgia. Opero somente quando a pessoa está preparada e vejo que esta conduta reduz drasticamente os riscos de complicações agudas", analisa. 

Segundo Nelson, cerca de cinco horas após o procedimento o paciente já pode andar, além de não utilizar dreno e não necessitar de Unidade de terapia Intensiva (UTI), ficando, normalmente, 48 horas internado.

Fonte: Reportagem publicada na Viver Bem - Em Revista - Ano 6 - Edição 23 - Out/Nov. 2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário