quinta-feira, 4 de setembro de 2014

CURIOSIDADE:

Bairros da Cidade do Assú
 
         O perímetro urbano do Assú recebeu na terceira gestão do prefeito Ronaldo Soares, através do Plano Diretor, mapeamento por bairros. Foi aprovado pela Câmara Municipal Projeto de Lei regulamentando a denominação de todos os bairros da cidade do Assú. Este ato administrativo foi fruto da aprovação do Plano Diretor do Assú devidamente discutido em audiências públicas com a presença de representantes dos mais diferenciados segmentos da sociedade pública, civil e eclesiástica. O Plano foi transformado na Lei nº 015/2006, de 28 de dezembro de 2006.
         O Assú conta hoje com 14 bairros. São eles por ordem alfabética: Alto São Francisco, Bela Vista, Carnaubinha, Casa Forte, Centro, Dom Eliseu, Farol, Feliz Assú, Frutilândia, Janduís, Lagoa do Ferreiro, Novo Horizonte, Parati 2000, São João e Vertentes.

VEJAM OS HISTÓRICOS: 

         Bairro Alto São Francisco – Surgiu no final da década de setenta e início de oitenta quando da construção do Matadouro Público Municipal que, por questões ambientais, foi transferido da Rua Bernardo Vieira para um local mais afastado evitando a sota-vento à cidade. O então prefeito Sebastião Alves Martins desapropriou uma área e doou lotes para as pessoas que desejassem morar naquelas imediações, tendo prioridades as fateiras, magarefes e pessoas ligadas àquele logradouro público. Também fez doação de uma área para construção de um curtume. O Nome Alto – refere-se à posição geográfica com relação ao centro da cidade e São Francisco foi uma escolha dos comunitários em alusão ao Santo Francisco de Assis – Padroeiro do Bairro e muito referenciado pelos católicos assuenses.
        
         Bairro Bela Vista – Quando surgiram os primeiros arruamentos a área era conhecida por “Boi-Choco” – significava “piolho de cobra” - inseto corriqueiro naquelas imediações em decorrência de sua localização entre dois lixões: O da “Baixa do Cemitério” e outro de maior porte nas proximidades da bueira em frente da atual chácara de Antonio Albano da Silveira – Toinho Albano.   Com o passar dos anos o bairro foi crescendo e a comunidade se sentia discriminada por residir no “Boi-Choco”. Foi daí que surgiu Bela Vista – uma referência ao privilegiado visual de quem está no bairro com relação ao posicionamento do centro da cidade.
        
         Bairro Carnaubinha – Este bairro foi desmembrado do Centro, como forma de reduzir o limite geográfico e valorizar o principal ponto de referência da redondeza que é a Praça da Carnaubinha.
         O nome carinhoso de “Carnaubinha” surgiu quando da construção de uma Pracinha na Rua 24 de junho – nas proximidades da AABB – sendo plantada uma carnaúba de pequeno porte no centro deste logradouro. A árvore cresceu lentamente, período em que a população cognominou de “Praça da Carnaubinha”. Como diz o velho adágio: “a voz do povo é a voz de Deus”. O povo apelidou e a Prefeitura aceitou a denominação que perdura até os dias atuais.

          Bairro Casa Forte – uma menção a antiga “casa forte” construída (1696) a mando do Capitão-Mor Bernardo Vieira de Melo para proteger os colonizadores dos ataques dos índios Janduís e que deu origem à família Casa Forte, tronco dos principais povoadores do município.
         Segundo cronistas a Aldeia Taba-Assu (morada principal do rei Janduí) se localizava nos limites deste bairro. Faz sentido, uma vez que geograficamente é uma área por demais privilegiada. Vejamos: Os índios Janduís, apesar do hábito de viverem perambulantes, fixavam, em períodos do ano, moradias naquelas redondezas, uma vez que estavam a menos de um quilômetro do rio, a cerca de cinco quilômetros da Lagoa do Piató e a aproximadamente 20 quilômetros da Lagoa de Ponta Grande. Este tripé hidrográfico garantia aos indígenas, basicamente em todos os meses do ano, água potável, peixe em abundância, caça farta e extensa área de vazante para plantação de mandioca - única cultura que os Janduís plantavam.
         Esta nova denominação do Bairro substituiu o nome usual “Lagoa do Ferreiro de Dentro”.

         Bairro Centro – Tomando como exemplo as cidades brasileiras surgidas no período da colonização européia, onde o “marco zero” se localiza no entorno da primeira igreja católica, com Assú não foi diferente, os fundamentos de cidade foram aparecendo no entorno da atual Matriz de São João Batista.
         Nas ruas laterais e defrontes da Igreja construíram seus casarões os coronéis, proprietários de terras, criadores, juízes de paz, delegados, padres... (Considerado atualmente como o maior acervo arquitetônico do interior do Estado). Nas ruas de trás, próximas ao córrego, construíram suas taperas de taipa com cobertura de palha de carnaúba, os trabalhadores braçais, escravos, pescadores, entre outras classes desfavorecidas financeiramente.
         A cidade foi crescendo e o local ficou sendo conhecido como Centro. O bairro Centro é uma espécie de “coração da cidade”. Ele dispõe da maior rede comercial, de serviços e de entretenimentos. O Centro, propriamente dito é a Praça da Matriz onde esta o “marco zero” da cidade do Assú o monumento alusivo ao Cristo Redentor, inaugurado nos primeiros minutos do século XX. 
        
         Bairro Dom Eliseu – Uma homenagem ao Bispo da Diocese de Santa Luzia - Paróquia de São João Batista - Dom Eliseu Simões Mendes que muito trabalhou em defesa do Assú e região.
         Dom Elizeu era baiano, no entanto, deixou na execução do Plano de Valorização dos Vales do Assú e do Apodí uma marca indelével; homem de Igreja, corajoso, pobre e extremamente humano. Sem demagogia, porém, com idéias claras e objetivas, realizou um trabalho cujos frutos até hoje permanecem.
        
         Bairro Farol – alusão a um antigo farol existente a margem da estrada que adentrava a cidade do Assú de quem vinha de Natal. Nome também da propriedade da Família Montenegro.
         Nesta divisão geográfica as comunidades de São Jacinto e Quinta do Farol estão inseridas no bairro Farol;

         Bairro Feliz Assú – Nome oficializado pelo então Prefeito Lourinaldo Soares numa alusão ao seu slogan administrativo “Feliz Assú Prá Você”. A área de terra foi adquirida para construção do Cemitério Público São Vicente de Paula. Diante da necessidade de habitação, o restante dos terrenos foram loteados e doados para famílias “sem teto” que desejassem construir suas moradias, dando prioridades aos funcionários e servidores da Prefeitura.
        
POSTERIORMENTE DIVULGAREMOS OS HISTÓRICOS DOS DEMAIS BAIRROS:          
Texto: Ivan Pinheiro.
Foto: Jean Lopes.
  

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