terça-feira, 6 de maio de 2014

SONETO

MILAGRE 

Recebi de Deus você, milagre
Concebível apenas aos seus
Que meu corpo ao seu se consagre
Num só corpo, lei de Deus

Na minha sede sejas o vinagre
Nas minhas dores os alívios meus
Da laranja não apenas bagre
Sendo eu Ícaro, jamais Zêus

Na força do amor tenho crido
Que além-túmulo, transferido
Eleve-se ao céu o coração

Pro chão: ossos, restos, matéria
Sonhos, encantos, ilusão sidéria
Pro céu: paz, amor, ressurreição! 

Edivam Bezerra 
- Poeta assuense.

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