sexta-feira, 25 de abril de 2014

POESIA ASSUENSE

DESVÁLIDO


Já nem sei se a dor que sinto
É labirinto ou motivo meu
De certo é um animal faminto
Em mal instinto, coração comeu
Corrói-me as entranhas, âmago
Dilacera todo meu estômago
Todo corpo já me corroeu

Já repousa minh’alma em vida
Delinquida mostra-se afora
Pousa na saudade, faz guarida
Avenida de nome Senhora
Quer vento, quer sol, quer lua
Apenas sou cidade sem rua
Onde nada para nada aflora.


Edivam Bezerra
Poeta assuense.

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