sábado, 3 de agosto de 2013

EDUCAÇÃO


Essa semana em meio a tantas notícias de crise financeira nos cofres do Governo do Estado, uma medida adotada pela governadora Rosalba Ciarlini do DEM pegou vários diretores de escolas da rede pública estadual de surpresa. O fato é que a chefe do executivo potiguar decidiu cortar as gratificações dos diretores no valor de R$ 800,00 (Oitocentos reais). A notícia não foi bem recebida, principalmente pela professora Fabíola Diógenes, diretora da Escola Estadual Poeta Renato Caldas em Assu. Reconhecida pela batalha que tem enfrentado desde que assumiu a direção da instituição de ensino em prol da reforma do seu prédio- sede, o Caic localizado no bairro Vertentes, a educadora se revelou desanimada e desestimulada com o descaso por parte do Governo do Estado no tocante a educação. Segundo Fabíola, tal desanimo não se dá apenas pelo não cumprimento dos acordos assumidos em relação a reforma do Caic, que ainda não teve início mesmo tendo sido mais uma vez remarcada, desta feita para o final de julho passado e depois para o primeiro dia deste mês de agosto em curso, mas por todos os problemas enfrentados pelos docentes do estado. Fabíola está investida na função de diretora até o final deste ano. A gestora deixou claro que não pretende colocar seu nome para concorrer ao cargo outra vez. No entanto, ressaltou que continuará dando sua parcela de colaboração para o crescimento e bom andamento da escola. A professora revelou que as decisões tomadas pela administração Rosalba Ciarlini tem gerado desanimo não só a ela, mas a todo professor que pretende administrar uma escola da rede estadual no Rio Grande do Norte. Outro ponto abordado por Fabíola diz respeito a falta de professores. Ela salientou que desde o início do ano letivo, 4 disciplinas estão sem professores.
Postado por Gustavo Varela

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

CAUSO

"Oi, nós, hein, falano ingrês"

Brejo das Freiras é uma Estância Termal nos confins da Paraíba, perto de Uiraúna e Souza. Trata-se de um lugar para relaxamento e repouso. O governo da PB tinha (não sei se ainda tem) um hotel, com uma estrutura para banhos em águas quentes. Década de 70. Apolônio, o garçom, velho conhecido dos fregueses da região, recebe, certo dia, um hóspede de outras plagas. Pessoa desconhecida. Lá pelas tantas, quase terminando a refeição, o senhor levanta a mão, chama Apolônio e pede :

- Meu caro, quero H2O. 

 
Susto e surpresa. Anos e anos de serviços ali no restaurante e ninguém, até aquele momento, havia pedido aquilo. Que diabo seria H2O ? Apolônio, solícito :

- Pois não, um instante ! 

 
Aflito, correu na direção da única pessoa que, no hotel, poderia adivinhar o pedido do hóspede. Tratava-se de Luiz Edilson Estrela, apelidado de Boréu (por causa dos olhos grandes de caboré), contumaz boêmio, acostumado aos salamaleques da vida.

- Boréu, tem um senhor ali pedindo H2O. Que diabo é isso ? 

 
Desconfiado, pego sem jeito, Boréu coça o queixo, olha pro alto, tenta se lembrar de algo parecido com a fonética. Desanimado, manda ver :

- Apolônio, sei não. Consulte o Freitas. 

 
Freitas era o diretor do Grupo Escolar, o respeitado intelectual da região. Localizado, o professor tirou a dúvida no ato:

- H2O é água, seus imbecis. Quer dizer água. 

 
Apressado, Apolônio levou ao freguês uma jarra do líquido. Depois, no corredor, glosando o feito, gritou em direção a Boréu :

- Ah, ah, ah, esse sujeito achava que nós não sabia ingrês. Lascou-se !


Postado por: Porandubas Políticas

HISTÓRIA

Por que Leônidas Hermes da Fonseca?

João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN e membro do IHGRN e do INRG
Está completando 100 anos que houve, aqui no Rio Grande do Norte, a campanha eleitoral mais conturbada, para governador do Estado, de toda nossa existência. Nos jornais do Rio de Janeiro, sede do governo federal, a presença do Rio Grande do Norte era constante no noticiário, com destaques para o capitão J. da Penha e o tenente Leônidas Hermes da Fonseca. Que méritos tinha o jovem Leônidas para ser sugerido como candidato?

Conta Itamar de Sousa, no livro “A República Velha no Rio Grande do Norte”: Dizem os coevos que o desiderato de Dona Orsina Francione da Fonseca, esposa do marechal, era ver o filho Leônidas governador do Rio Grande do Norte. E José da Penha, amigo da família, militar e norte-rio-grandense de Angicos, fora escolhido para cumprir essa missão histórica. Aconteceu, porém, que Dona Orsina falecera em 1912 e a campanha sucessória realizou-se no ano seguinte.

Em outro trecho do seu livro, Itamar diz que a imprensa situacionista lembrava ao capitão José da Penha que a Lei nº 254 impedia ele e Leônidas de serem candidatos ao governo, por não residirem aqui, há pelo menos quatro anos.

Em fevereiro de 1910, J. da Penha era tenente e Leônidas, ainda, aspirante a oficial. Em março do ano seguinte, Leônidas é promovido de aspirante a oficial para 2º tenente e, em setembro, casa com a potiguar Adélia Cavalcanti de Albuquerque. Em fevereiro de 2012, ficou a disposição do Presidente da Republica, Hermes da Fonseca, seu pai, a fim de servir no estado maior do mesmo (casa militar). Em março, do mesmo ano, passou a ajudante de ordem, em substituição ao irmão Mário Hermes, eleito deputado federal pela Bahia. Na data de 29 de setembro de 1913, outra notícia dava conta que no dia 26, daquele mês e ano,  tinha nascido Leônidas, filho do tenente Leônidas.

O 2º tenente Leônidas Hermes aparece, várias vezes, no noticiário do Rio de Janeiro, por conta de seu interesse por cavalos: foi escolhido para representar o Ministério da Guerra, em um concurso hípico; importou cavalos da Inglaterra e comprou junto com Oldemar Lacerda, o potro inglês de três anos, Seythian, filho de Roquelaure e Seythia.

Em nenhum dos jornais antigos apareceu qualquer notícia que enaltecesse as qualidades do jovem Leônidas.

Houve, em janeiro de 1913, um incidente entre o tenente Leônidas Hermes e o deputado Raphael Pinheiro, por conta de acusações feitas por este ao irmão daquele, deputado Mário Hermes. Nesse incidente, Leônidas, fazendo menção de tirar uma arma, avançou para o Sr. Raphael, que, por sua vez, esperou-o de revolver em punho.

 “O Paiz”, de 29 de abril de 1913, noticiava: o povo de Natal, solidário com a maioria dos coestaduanos, que aclamam em todos os municípios o nome do tenente Leônidas Hermes, levantou hoje, em meeting, a sua candidatura, livre e espontaneamente, certo de que evitará com este nome, benquisto aos próprios governistas, as perturbações provocadas por outras candidaturas, sendo ele estranho as lutas regionais e ligado por laços de família ao Estado que não permitirá de forma alguma a continuação da oligarquia com o seu representante senador Ferreira Chaves.

De vários municípios do Rio Grande do Norte saíram telegramas apelativos para o marechal Hermes da Fonseca. Entre eles um de Macau, datado de 26 de abril de 1913, nos seguintes termos: Apelamos para o nobre sentimento e patriotismo de V. Ex. a fim de evitar a perturbação de paz do Estado e de sua liberdade. O povo abraça espontaneamente a candidatura Leônidas Hermes. Respeitosas saudações, Francisco Honório, Manuel Fonseca, Antonio Honório Filho, Joaquim Cardoso, Nicolau Tibúrcio, Eduardo Azevedo, Manuel Caetano, José Brito, José Bezerra e Leocádio Queiroz.

A resposta veio de imediato: Respondendo ao vosso apelo não compreendo que, no interesse da paz do Estado do qual sois filho, procureis um estranho que nem sequer conhece esta região e teria o grande inconveniente de ser descendente do Presidente da República. Não parece, pois, nem digno nem justo o vosso gesto, que viria criar uma grande oligarquia, sistema de governo contra o qual sempre protestei. Hermes Rodrigues da Fonseca.

Mesmo diante da manifestação do Presidente, a campanha prosseguiu. O capitão J. da Penha pretendia lançar a candidatura, no dia 12 de maio, dia do aniversário do Marechal Hermes da Fonseca. Ainda em junho, o capitão declarou que o tenente Leônidas Hermes chegaria brevemente a capital a fim de pleitear a sua eleição ao cargo de governador.
Nesse mesmo 12 de maio, J. da Penha escrevia para as filhas: O nosso Leônidas, filhinho de peixe, nada muito bem. À imprensa uma coisa e para mim outra pelos telegramas. O povo está correto, com entusiasmo e sem medo. Não retirarei mais o nome de Leônidas nem que chova tapioca ou qualquer outra coisa. Há de subir ou cair comigo, a Nação, vendo que tínhamos um pacto. Minha boca não se abre para dizer que ele não quer porque juraria falso.

Em agosto, em outra carta para as filhas: O povo coagido pela polícia começa a desanimar. Tudo se reanimaria, salvando-se, de repente, o que já naufragou, se Leônidas viesse, como se comprometeu e era necessário.

Em outro momento, escreveu sobre Pinheiro Machado, que influenciava o Presidente contra a candidatura de Leônidas: Quanto ao monstro Pinheiro Machado, Senhora Dona Annita (uma das filhas), seu pai ainda viu, agora, melhor do que os politiqueiros e os cobardes. Não é nem será nunca o presidente da República.

Por fim, Leônidas não apareceu por aqui. Por que, então, o capitão J. da Penha escolheu  figura tão apagada?
Fonte: Hipotenusa

HUMOR

 
Sorriso Pensante - Ivan Cabral

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

MUNICÍPIOS DO RN

ALEXANDRIA/RN

Vista aérea de Alexandria
O município de Alexandria/RN, situa-se na microrregião de pau dos Ferros e mesorregião do Oeste Potiguar, localizando-se a uma distância de 369 quilômetros a oeste da capital do estado, Natal. Ocupa uma área de 381,202 km², e sua população foi estimada no ano de 2012 em 13 467 habitantes, (IBGE). A sede tem uma temperatura média anual de 28,1°C e na vegetação do município predominam a caatinga hiperxerófila e a floresta caduficólia. 

Alexandria foi emancipado de Martins e Pau dos Ferros na década de 1930. O nome do município é uma referência a Alexandrina Barreto Ferreira Chaves, filha de um ex-senador e ex-governador do estado do Rio Grande do Norte: Ferreira Chaves. Desde a sua emancipação, desmembraram-se de seu território os municípios de Tenente Ananias (1962), João Dias e Pilões (os dois últimos em 1963).

Sua principal atração turística é a Serra Barriguda, que é atualmente uma das sete maravilhas do Rio Grande do Norte e tem formato semelhante ao de uma mulher grávida. 

Alexandria ainda conta um rico artesanato e realiza uma quantidade diversa de eventos todos os anos, como o Carnaval Tradição, realizado anualmente no município e considerado atualmente como um dos melhores do Estado.

Praça de Alexandria
HISTÓRIA

O documento mais antigo alusivo à existência humana no atual município de Alexandria foi descoberto pelo historiador Dr. Antonio Fernandes Mousinho, na última década de 50. Trata-se de um velho tombo de demarcação, no qual, às fls. 13 e verso, em 26.09.1759, o preto alforriado José da Costa, analfabeto, pondo a mão direita sobre os santos evangelhos e jurando falar a verdade, afirmou contar a idade de 63 anos e morar na Fazenda Barriguda.

Intitulado por Dr. Mousinho Fernandes como “a certidão de batismo” de Alexandria. Após profundas, criteriosas e reiteradas pesquisas junto a diversos documentos do Século XVIII, o advogado George Veras concluiu que a razão mais consentânea da primitiva denominação do lugar – Barriguda – deriva da serra localizada nas encostas da cidade.

Segundo o pesquisador, na obra já indicada, há mais de duzentos e cinquenta anos, a pedra já era conhecida como Serra Barriguda, devido a sua parte frontal apresentar semelhança com o estado de uma mulher durante a gestação.

Então, sendo Serra Barriguda, e não Serra da Barriguda, a correta denominação da grande pedra que emoldura toda a cidade de Alexandria, inteira razão há para se atribuir ao mesmo acidente geográfico a origem da primeira denominação do lugar.

Por meio de lei datada de 12.11.1913, a Intendência Municipal de Martins atribuiu à povoação da Barriguda a denominação de Alexandria, homenageando, assim, a senhora Alexandrina Barreto Ferreira Chaves, esposa do então Desembargador e Senador Joaquim Ferreira Chaves Filho, ex-governador do Estado e, na época, recém-eleito para chefiar, pela segunda vez, o Poder Executivo Potiguar.

Nascida em 05.10.1854, no Sítio Curral Velho, então município de Maioridade (atualmente denominado de Martins) e hoje integrante do atual município de Alexandria, Alexandrina Barreto era filha de Domingos Velho Barreto e de Ignácia Francisca de Albuquerque Barreto.

Conhecida como pessoa bondosa, benfeitora e solidária, além de fonte inspiradora da grande maioria dos atos políticos e administrativos do seu esposo, Dona Alexandrina faleceu em 10.01.1921, às 11 horas, na sua residência, situada na Rua Conde do Bonfim, nº 70, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), vítima de moléstia de Addison, decorrente de uma gripe, sendo sepultada no Cemitério São Francisco Xavier, Caju, na então capital da República.

Por meio da Lei nº 572, de 3 de dezembro de 1923, o então governador Antonio José de Mello e Souza elevou a povoação de Alexandria à categoria de vila, mantendo a denominação.

Como consequência do desenvolvimento do lugar e do esforço empreendido por Manoel Emídio de Sousa, Dr. Gregório Nazianzeno de Paiva, Noé Muniz Arnaud, Benício de Paiva Cavalcante, Pedro Lobo da Costa, Cícero Dutra de Almeida e Benedito de Paiva Cavalcante, dentre outros, objetivando a emancipação política, o então Presidente Interino Revolucionário do Rio Grande do Norte, Irineu Joffily, editou o Decreto nº 10, de 7 de Novembro de 1930, criando o Município, com a denominação de João Pessoa, em homenagem ao líder político da Paraíba, assassinado em julho do mesmo ano.

O decreto instituiu como sede do município a então Vila de Alexandria, que também passou a ser denominada de João Pessoa, criando-se, ainda, o Distrito Judiciário, integrante da Comarca de Martins.

Constituído por partes dos territórios de Martins, do qual era integrante, e Pau dos Ferros, o Município de João Pessoa foi instalado em 15 de novembro de 1930, ocasião em que foi nomeado e empossado seu primeiro prefeito, o senhor Noé Muniz Arnaud.

Seis anos após a criação do Município com a denominação de João Pessoa, foi restabelecido o nome Alexandria, concomitantemente com a elevação da Vila à Cidade, por iniciativa do Deputado Estadual João Marcelino de Oliveira, autor de proposição transformada na Lei nº 19, de 24.10.1936, sancionada pelo Governador Rafael Fernandes.

A mudança ocorreu com o objetivo de evitar as constantes confusões postais e comerciais com a capital paraibana, vez que a identidade de nome entre ambas as localidades provocava atrasos e extravios nas correspondências e mercadorias dirigidas à então Vila, as quais eram remetidas, antes, à homônima do vizinho Estado.

De igual modo, buscou-se restaurar a homenagem prestada à ilustre filha Alexandrina, na época já falecida.

Informações extraídas, resumidamente, do livro “Alexandria – Retratos de uma História” – 2007, de autoria do advogado George Veras.

ATRAÇÕES TURÍSTICAS

Serra Barriguda
A Serra da Barriguda, um pico de granito, com altitude de 602 metros acima do nível do mar e altura de 310 metros, é a maior referência e eterno cartão postal da cidade. Assim como o nome da cidade de Alexandria, existem também duas versões para nome Serra Barriguda a primeira deve-se ao formato da serra que na sua parte frontal e com total destaque a pedra se assemelhar com uma mulher grávida. E a segunda seria a existência, em data remota, de uma árvore frondosa chamada de barriguda no pé da serra e um olho d’água, onde os tropeiros que passavam na estrada paravam e descansavam na sombra da árvore e matavam a sede.

A Serra Barriguda concorreu e ganhou no ano de 2007 como a 1° maravilha do RN, concorreram ao título 133 maravilhas dessas, 74 eram construções (igrejas, castelos faróis entre outras obras) e 59 belezas naturais (serras, praias, matas e demais criações da natureza).

A Serra Barriguda recebeu 16.224 votos; 2.815 votos a mais que o segundo colocado o Morro do careca em Natal, que obteve 13.409 votos ganhando com folga a disputa. A Serra é uma ótima opção para escaladas e praticantes de esportes radicais.

CARNAVAL
Pórtico de divulgação do carnaval da Cidade
Tratando-se de carnaval no Rio Grande do Norte, uma referência especial ao carnaval de Alexandria, considerado um dos melhores do estado. Há décadas, o carnaval de Alexandria é o melhor do interior, sendo, sem dúvida, o de maior frequência e sucesso do Oeste Potiguar, animado principalmente, pelos inúmeros blocos que atuam no período, e os foliões da cidade, período que o filho ausente da terrinha aproveita pra visitar sua família e se divertir.

RELIGIÃO CATÓLICA

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição
Os católicos de Alexandria realizam festa da padroeira Nossa Senhora da Conceição comemorada no período de 28 de novembro a 8 de dezembro. A festa consegue reunir considerável parte da comunidade católica, oferecendo uma programação religiosa, social e cultural.

INSTITUTO ZULMIRINHA VERAS


Sede do Instituto Zulmirinha Veras
Fundado em 09/11/2007, o instituto Zulmirinha Veras homenageia a cidadã Zulmira Maria Veras de Oliveira Lobo, nascida em 09/11/1958, no município de Alexandria (RN) e falecida em 13/07/2007, na cidade de Natal (RN).

O instituto Zulmirinha Veras é uma pessoa jurídica de direito privado, sob forma de associação e sem fins lucrativos, que tem por finalidade apoiar e desenvolver ações para a defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do ser humano, atuando nas áreas de cultura, meio ambiente, turismo, voluntariado, promoção social, esporte, lazer e cidadania.

Fonte: http://prefeituradealexandria.com.br / pt.wikipedia.org

EVENTO

MÉRITO JESSÉ FREIRE 2013 SERÁ ENTREGUE NESTA QUINTA
Marcelo Alecrim, José Geraldo Medeiros, Caio Fernandes, George Costa e Glauber Gentil serão os homenageados deste ano pela Fecomércio. Eles foram escolhidos pela diretoria da Fecomércio RN e agraciados com o troféu em cinco categorias.
O troféu tem como foco premiar, consagrar e reconhecer o trabalho de empresários do setor de Comércio, Serviços e Turismo. Em sua décima edição, o Mérito será entregue em um evento para 700 pessoas nesta  quinta-feira, 1º de agosto, a partir das 20h no Boulevard Recepções. Além da entrega do Mérito, a noite irá marcar os festejos pela passagem do Dia do Comerciante, que é comemorado no dia 16 de julho.
A noite de homenagens será seguida de um jantar e de show da banda de samba de raiz “Arquivo Vivo”.

ATIVIDADE PARLAMENTAR

Em entrevista a programa da Rede Bandeirantes, George Soares fala sobre ações do mandato e acontecimentos políticos

O Deputado George Soares (PR) foi o convidado especial do Programa Boa Tarde Cidadão, apresentado ao vivo na tarde desta quarta-feira, 31, pela TV Bandeirantes, Natal. Entrevistado pelo jornalista Robson Carvalho, o Parlamentar falou sobre seu mandato em prol do Vale do Açu e das regiões em que tem atuação parlamentar.
 
George Soares e Robson Carvalho
George Soares, que foi votado em 137 municípios e obteve aproximadamente 37 mil votos, falou sobre a Promulgação da Lei de sua autoria, que incluiu Maxaranguape na Região Metropolitana de Natal. O Parlamentar também falou sobre o Projeto Baixo Açu e sobre a ZPE do Sertão. “Ao conquistarmos uma cadeira na Assembleia Legislativa, podemos reacender pleitos que estavam adormecidos, e que através de uma permanência, se tornaram lutas do nosso mandato”, declarou.

Sobre política o Deputado foi questionado sobre a crise financeira enfrentada pelo Estado. “Como contador, Deputado e cidadão acho que chegou a hora do Governo dizer o motivo da crise e encontrar uma solução para tanta notícia ruim”.

Com relação ao Partido, o PR, George Soares foi indagado sobre a possível saída de dois filiados, que tem cadeiras na Assembleia. “João Maia é o meu líder, amigo e parceiro nas eleições, uma dobradinha vitoriosa”. -
Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

quarta-feira, 31 de julho de 2013

CAUSO

Ilustração: Arte de Cícero Alves dos Santos - Véio - Feira Nova - Sergipe.
Conta Valério Mesquita em seu livro Memórias Provincianas que Antônio Emídio reinou no sertão do município de Alexandria e adjacências. Era um coronel à moda antiga, tio do saudoso deputado Waldemar de Souza Veras. Irônico, observador, nada escapava a sua fina observação. Certa vez, escutava o rádio ao lado de amigos no vasto alpendre da fazenda. E como não poderia deixar de ser deleitavam-se com os baiões do velho Luiz Gonzaga. No estribilho de uma toada Luiz Gonzaga cantava: 
- “Sertão de mulher séria, de homem trabalhador... ♫ ♬” 
            Ai o comentário de Antonio Emídio foi inevitável:
- "Faz muitos anos que esse “nego” não vem ao nosso sertão!”.

HUMOR


Postado por Sorriso pensante - Ivan Cabral

CULTURA

João Lins Caldas, o Cássio Murtinho de José Geraldo Vieira


  O poeta João Lins Caldas e o romancista José Geraldo Vieira
Transcrevo abaixo para conhecimento principalmente dos jovens inteligentes e estudiosos do Assu, o longo e importante depoimento do romancista José Geraldo Vieira, afirmando que o poeta potiguar do assuense João Lins Caldas (1888-1967) é o seu Cássio Murtinho, personagem da segunda fase do seu romance urbano de ficção intitulado Território Humano, 1936. O escritor Vieira (falecido em 1967 era amigo íntimo de Caldas nos tempos de de Rio de Janeiro) é considerado um dos grandes autores do romance moderno brasileiro. Vamos conferir o depoimento de Geraldo Vieira proferido na Academia Paulista de Letras em 19 de outubro de 1971, na ocasião do "Ciclo de Conferência realizado na própria Academia [Biblioteca Mário de Andrade], no período de 5 a 19 de outubro de 1971, em comemoração ao quadragésimo ano da ficção de José Geraldo Vieira", abaixo transcrito:

"[...] Qual, pois, o personagem meu que aqui deva ser explicado, já que um decoro íntimo e sacrossanto me obriga a fechar Adri, Jandira e Plurabela de encontro ao coração, como aquele leque fechado e quieto do verso de Mallarmé?

Creio que o mais interessante, por sua singularidade e por não ser mentira como parece ser eu lhe disser o nome seja Cássio Murtinho. Se bem se lembram, é o terceiro personagem (como acabamento) de Território Humano. Comparado a todos os demais personagens de meus romances {romances onde eu apareço em doubles e em heterônimos diversos, mercê de complexos e de cartazes). Cássio Murtinho parecerá o ÚNICO inventado. Sua presença, sua reação, sua unidade, sua humanidade contraditória, sua filiação dostoivsquiana, suas tiradas a Nietzsche, sua insânia, sua psicose, tudo nele tem característica de símbolo preparado, ora como análise, ora como síntese, muitíssimas vezes como antítese. Aqui, porém, categoricamente declaro e confesso que Cássio Murtinho é o início do personagem inteiro e verídico de quantos há em qualquer e em todos os meus romances. Adri e Jandira, bem como a futura Plurabela, tive e tenho que as deformar e esgarçar de tal modo que sobrepairem nos romances como poesia bremondiana pura, transubstanciando-as em verônicas líricas que enxuguem as minhas vicissitudes reais e espirituais. Eu próprio, quando me transfiro para personagem, burguesmente, ou esnobemente, me deformo por mais que isso irrite o que em mim há de sinceridade exilado no Lord Jim em que me transformei ultimamente. Mas Cássio Murtinho está intacto, real, com a sua força humana e com a sua loucura. Foi isso mesmo que, decerto, o pus em Território Humano para atrapalhar a identidade transfigurada de Adri. Foi, talvez, o único meio que arranjei de tirar Adri do primeiro plano, como em orquestra se tenta anular a beleza e o milagre dum violino com os vieses dum contraponto bárbaro. (Subterfúgios de confissão e ao mesmo tempo de tentativa de desfiguração!)

Era eu ainda estudante de medicina, no Rio, quando, aí por volta de 1915, vim a conhecer João Lins Caldas, um nortista do Rio Grande do Norte com aquelas características mais diédricas possíveis e do nordestino: uma voz aberta, cantante, ora ventríloqua, ora empostação nasal, uma cabeça que parecia a daquele Esopo que Velasquez pintou, cabeça dura, grande, estranha, zangada; e um caráter a toda prova. A "ligação" ou, como se diz hoje, a "tarefa" que nos uniu, foi a Literatura. Circunstanciais diárias eventuais nos foram aproximando, no Garnier, no então Café Belas-Artes, e diante, por exemplo, do Clube de Engenharia, ora sozinhos, ora em rodas. João Lins Caldas optou por mim, entre tantas amizades e conhecimentos, e passou a tecer uma gradual intimidade que era até paradoxal e sem propósito aparente, pois eu era estudante filho de família grã-burguesa da Tijuca, e ele não passava dum pobre revisor de jornais que pagam com "vales". Começou a me ler uns sonetos onde a sintaxe, o léxico e as ideias eram tão extravagante dispostos que só encontrei semelhança num outro louco genial, Sá Carneiro, suicida de Paris. Mas os sonetos de João Lins Caldas, escritos em abas de carteiras de cigarros e em beiradas de jornais, em quantidade incrível (compunha doze, vinte por dia), ele não os declamava. Largava-os para cima de mim, como se ele próprio fugisse de brasas. Recitava-os como quem profere um edito. Ou como quem lança um anátema. Ou como quem esbruga nas unhas roídas um aerólito! E isso, lhe dava sempre. Era seu estado o de transe permanente. Política, safadezas, pseudoliteratos, discursos na Câmara, telegramas da Europa, questões de repartição pública, artigos de descompustura mútua em jornais, a Grande Guerra, tudo o incendiava. Para a humanidade inteira só conhecia ÓDIO. Para mim, só dedicou amor. E a tal ponto que, por fim, transmudou esse amor em ódio mortal.

Era um bárbaro rondando a Acrópole. Um Nietzsche exilado em Sil-Maria vendo em mim Veneza ou a Basílica Ulpia. Autêntico bárbaro mongólico, hirsuto, beirando a genialidade e a loucura. Jamais vi sujeito que tivesse duas vidas para dois fins opostos, como ele. Para o mundo, era um Kirillof; para mim, um Príncipe Muischkin. Odiava o erro, a tramóia, a hipocrisia, a acomodação, a politicalha, o falso valor, o chantagista intelectual, o cavador de situações oficiais; mas, diante de mim, andando comigo, almoçando comigo, me visitando, me ouvindo, me recitando toneladas de versos, tinha a doçura fraternal dum criado bem acolhido. Quando me conheceu, a sua cariátide de citações era Antero de Quental-Augusto dos Anjos. Nisso se apoiava como um molosso vertical em duas muletas. Quem o olhava, a gesticular nas calçadas, a embarafustar por um café a dentro, a sair duma roda como quem foge e não tolera ordinários, só podia ter duas impressões agudas e súbitas: ter ele perdido injustamente uma grande causa judicial, ou estar na aura dum ataque epilético. Eu lhe agravei muito a alma e o corpo sem querer.

Foi o caso que só conhecendo ele Virgílio, Dante e Sheakespeare, teoricamente, eu, sem querer, lhe fui mostrando outros marcos, através de citações: Gêethe, Novalis, Byron, Shelley, Paul Valéry, Gide, Rimbaud, Rilke. Ouvia, iluminava-se, passava a mão boa e leal pela testa, apalpando lesmas de febre que lhe entupiam as veias salientes, pendurava as falanges nos cabelos, torcendo-os como bilros, inflamava-se e dizia, obtemperando:

- Mas eu já disse isso! Eu, sim, eu!!

E Zás! empurrava-me um soneto, uma estrofe, uma brasa um aerólito um chumbo derretido onde aquilo que eu dissera, citando Lessing, ou Rant, ou Fitche, lá vinha, em forma precursora, joãobatisticanamente! E como aquilo lhe foi fazendo mal! Tamanho mal que nos cercou, a mim e a ele, dum arame farpado, em tal recinto não deixando entrar zoilo nenhum! E então, aderiu a mim, dia e noite, na escola, no hospital, na rua, no café, em casa, e até na ausência!

Lá para 1918 me evadi desse campo de concentração onde as carcaças de Pascal, Hoelderlin, João Paulo, Da Vinci, Feurbach, Hugo, Earrês e Claudel fediam entre corvos como as vítimas, agora, dos campos de Belzen; e fui para a França, a Alemanha, a Inglaterra e a Itália, do meu pobre João Lins Caldas, só me lembrando uma vez única, creio que em Toledo, ou em Burgos (que, uma ou outra, se pareciam tanto com ele), e lhe escrevi umas folhas que passou a guardar como se fosse uma lasca da parede ou do teto da Capela Sistina!

Quase quatro anos depois, voltei. Logo topo com ele, de jornais e de chapéu na mão, por uma dessas calçadas do Rio de Janeiro, ele, o João Lins Caldas, ainda e sempre de preto, misantropo, casto, paranóico, as veias salientes na testa, os cabelos lhe servindo de argolas para os dedos e os proparoxítonos, as mãos zurzindo a canalha, os olhos de descendente de holandês procurando no ar, talvez, uma nuvem que se parecesse com Spinosa, ou Erasmo! Que emoção, a dele! E por que não dizer? que emoção a minha! Semanas, meses, e ele a me ler sonetos que me eram de compreensão mais difícil do que qualquer das Elegias de Rilke! E eu me vingando a lhe falar em museus, em telas, em esculturas, em ruínas, em Paris, em Clemond-Ferrand, em Heidelberg, em Roma, em Dresden, em Assis, em Florença, em Giotto, em Cimabue, em Rafael, em Marinetti, em Cocteau, em Van Gogh, em Briand, em Lenin, em Gauguin, em Picasso! E ouvindo, marasmado, João Lins Caldas, a delirar, suspenso, caminhando sobre um tapete mágico!

Casei-me. Fui tendo filhas. Uma, duas, três, quatro. E João Lins Caldas, pobre, sem consentir num emprego público, sem aceitar dinheiro, nem roupa, nem conselhos e nem mesmo uma simples observação a um dado verso, a mandar lá para a minha casa na Tijuca, malas com cadernos de poesias. Malas e malas. Ao cabo de alguns anos, em cima da minha garagem só havia malas de versos de João Lins Caldas. Um dia me disse com uma reserva de estátua mutilada, e com o orgulho duma púrpura que algum mastim rasgasse, que o Hermes Fontes, como já fizera o Gomes Leite, o andava plagiando. Ao dizer isso a boca amarga e o olhar cor de fel se uniram numa expressão que não esqueci.

Mas não voltou jamais a tal assunto, do qual não tirei conclusão alguma. Rente a mim, calado a mim, dia e noite, pela cidade, só aos domingos ia almoçar comigo à Tijuca, levando mais versos, de uma hermenêutica quase que à Rosa-Cruz. Mas, no vestíbulo de minha casa, sobre o lustre Carolean e entre os móveis Chipendale, brincava, como cavalo, de quatro patas no mosaico para que a Luisa-Cândida ou a Rosa-Ermelinda brincassem sobre aquele dorso de Pégaso-Quasímodo.

Mesmo quando eu queria ser planamente homem só, ele, João Lins Caldas, não deixava, pois andava a me provar a sua consangüinidade com André Suarês ou com Brandês, ajuizando o que eu escrevia e lhe mostrava. E provando a sua coaptação ao espírito de gênios, super-pondo frases de Lessing ou de Stuart Miii a versos seus. Até que...

Até que, de repente, passa a entristecer, aquela fornalha como que parada num desvio; e me diz taxativamente de súbito, um dia, que ia embarcar para Bauru, que ia se empregar nos escritórios da E. F. Noroeste do Brasil. Ofereci-lhe o emprego de meu secretário-perpétuo. Ah! Olhou-me de alto a baixo, como Cristo deve ter feito com Judas no jetsemani; despediu-se e... sumiu.

Não soube dele durante anos. Nem mais lhe vi aqueles sonetos que publicava em revistas e em jornais e cuja demora de publicação o punha em brasa, cuidando-se boicotado por tratantes e invejosos. Anos depois, afogueado, com um estranho fulgor nos olhos cor de bile, a boca mais amarga, me surgiu enviesadamente, trazendo na mão já não mais jornais nem o chapéu, mais uma incrível papelada. Todo um processo administrativo. Estava processando, arrasando o diretor da E. F. Noroeste do Brasil. Leu-me folhas e mais folhas de papel-ofício, com requerimentos, arrazoados, o diabo. E me explicou uma trapalhada. Gaguejando, passando a mão pelas veias e pelos cabelos daquela fronte de Esopo de Valesquez. meteu-se dias seguidos, no meu escritório, apossou-se da Remington, levou a matracar, a matracar. E assim continuou. A Revolução de Trinta foi para o espírito dele um fole avivando a chama dum maçarico. Mandava telegramas ao José Américo, ao Presidente Vargas, à Liga das Nações, ao Tribunal de Haia, a ministros do Supremo, a Juízes, a desembargadores, a Ghandhi, a Roosevelt, a Romain Rolland, "estivessem onde estivessem". No Ministério da Viação tinham paciência com ele, mas investia, esbarafustava, descompunha contínuos, agredia amanuenses, tinha um desdém oblíquo para com os oficiais de gabinete. Voltava a mim, lia-me aquela estrumela toda, um grande fogo de ódio e de purificação a lhe por na cabeleira labaredas de insânia. Arrastei-o a médicos, fiz que submetesse a reações de tudo, a regimes, e anuía, como um cordeiro. Mas, no dia seguinte o anho era um leão, uma hiena. E eis que, certa noite, já eu deitado, me batem à porta, na Tijuca, como um rebate de incêndio ou de catástrofe. Era João Lins Caldas. Vieira, conforme disse textual-mente, "matar quem amava". Antes de lhe abrir a porta já eu vira através do cristal a chama de delírio das suas pupilas fraternais transformadas em íris de Oaim.

E, depois, quando passou por mim, entrando, lhe vi o relevo que o revolver (uma colt lhe fazia no bolso traseiro da calça puída. Sentou-se, tornou a dizer (e era tal e qual um Rogoshin, ou um Kirillof! Desgrenhado, suando, as mãos sem parar, a boca torva) ”que precisava matar quem amava. Fiquei firme. Então saiu, fez sinal para dois sujeitos lá fora (dos quais eu não me dera conta e lhe disse que entrassem "houvesse o que houvesse!" Eram dois marçanos que não sei como nem onde descobriu àquelas horas. E ao mesmo tempo vi que três táxis estavam parados no meio-fio da minha calçada na Muda da Tijuca. Com eles (os marçanos) foi para o alto da garagem. estava fechado aquilo. Voltou e em silêncio me fez um sinal de que "fosse abrir". Revistou as malas (mais de doze ou quatorze), verificou se tinham sido "forçadas", meteu uma por uma as chaves, procurando-as com grande confusão de gestos e ruídos; algumas tinham cadeados, outras estavam amarradas com cordas! Dessas então desconfiou lançando-me um olhar que perdoava e que desesperava. Lá foram as malas escadas abaixo, uma por uma, para os três táxis, às tantas da madrugada.

- Que é que há, meu velho? Arranjaste quarto? Vais para fora?

Em respostas, reentrou no vestíbulo, percorreu os retratos da criançada, olhou os móveis, despediu-se de mim, com um silêncio confluente! E, para sempre, foi embora. Aboletou-se no último dos três táxis, os dois carregadores, cada qual num dos demais carros, velando os trastes que lá iam para um desses quartos-mansardas da Rua Acre ou da Rua do Resende, onde ele, João Lins Caldas, desde que viera do Nordeste, vivera em miséria orgulhosa e treda.

- Subi, deitei-me, acendi um cigarro, fiquei pensando, o coração a crescer.

Para onde foi João Lins Caldas? Não sei. Nunca soube direito, por mais que o procurasse e indagasse no Rio e no Norte. Nunca mais o vi. A não ser como personagem dum romance meu. Como me entrara pela vida a dentro, assim como pelo Território Humano, como um Nietzsche sem bigodes e sem Wagner, mas com cento e tantos cadernos de poesia, com toneladas de delírios, com ódio, com amor, com perdão, com santidade, com loucura, e ainda hoje não sei porque o pus como personagem do meu romance. Talvez por ser tão meu amigo e merecer atrapalhar a verídica Adri, também desfigurada propositalmente no romance. Assim como as linhas geométricas da escola eubista marcaram a essência mesma de todo o cromatismo sintético e apaixonado duma bem-amada. Ou como um leão defendendo uma donzela. Ou como a loucura mascarando o amor.

Adri, eternamente ausente, veridicamente morta hoje, não o tendo conhecido senão como personagem talvez agora, lá nas Moradas desse Território Sobre-humano, o ature, e lhe queira bem, como eu que a ambos procuro neste vale que os dois, em certo ponto, transfiguram em patamar dos itinerários que ainda procuro atônito, sem saber o que me oferecem ou o que me negam."
Postado por Fernando Caldas

CULTURA


A secretaria estadual extraordinária de Cultura do RN (Secultrn/FJA) divulgou os classificados do III Salão de Arte Chico Santeiro. Artistas plásticos do Rio Grande do Norte, entre outros estados concorreram à premiação das melhores obras nas categorias pintura, escultura e objeto de arte popular.

O julgamento das obras ocorreu hoje (30), pela comissão formada por Dorian Gray Caldas, Antônio Marques e Francisco Iran.

O primeiro lugar em pintura foi do assuense Wagner de Oliveira. Na categoria escultura, José Fernandes Soares de Assis, de Santa Cruz. Já na categoria objeto de arte popular, Zé de China (José de Daniel), de Natal.
Wagner de Oliveira em 1o. lugar / Foto: Anchieta Xavier

De cada categoria foram selecionadas dez obras, sendo que o primeiro lugar receberá o prêmio de R$ 3 mil e os demais, R$ 400.

O artista plástico Gilvan Lopes ficou entre os dez classificados na categoria pintura.

A exposição das obras acontecerá na Pinacoteca Potiguar e a abertura está marcada para o dia 1° de agosto, às 19h. O evento faz parte da programação do festival Agosto da Alegria, organizado pela secretaria extraordinária de Cultura do RN, e permanecerá aberto à visitação até o dia 6 de setembro de 2013, das 8h às 18h, exceto às segundas.
Postado: Rabiscos do Samuel.

EM TEMPO: Deste espaço envio meus parabéns para estes dois assuenses que tão bem representam nossa cidade através de seus talentos nas artes plásticas. Valeu! 

terça-feira, 30 de julho de 2013

AÇÃO PARLAMENTAR

Pleito do Deputado George Soares está sendo analisado pela SEJUC

Em resposta ao requerimento 140/13, protocolado pelo Deputado George Soares (PR), que solicita uma viatura para o Centro de Detenção Provisória de Assu, o Secretário da SEJUC, Cícero Cardoso, emitiu ofício informando positivamente, sobre a possibilidade do Centro de Detenção ser contemplado com uma nova viatura policial.

No documento, o Secretário informa que com a chegada de 5 novos carros, será realizado um estudo de encaminhamento de viatura para Assu.

"Estamos lutando de forma permanente por mais segurança para o nosso povo. Através de uma Emenda Parlamentar, destinada pelo nosso mandato no valor de R$. 70 mil, conseguimos 2 novas viaturas para o 10° Batalhão, e vamos conseguir essa para a Polícia Civil”, disse.
 
Assessoria Parlamentar do deputado George Soares

AGOSTO DA ALEGRIA


SIM, SENHOR!


Amaistarde, os nobres, laboriosos, obsequiosos... edis assuenses voltarão ao batente para... DIZEREM SIM, claro, o que mais poderia ser?

Pois bem, desta feita eles terão o prazer de dizer sim a criação de alguns cargos comissionados e gratificados que 'darão suporte' ao Cine Teatro Pedro Amorim. Dentre eles está o cargo de diretor, cargo este que vossa excelência o prefeito do Assú já anunciou há alguns dias e comemorou a aceitação de seu ocupante.

Né por nada não, mas como é que se inaugura uma instituição, convida formalmente as pessoas para administra-la e... os cargos não existem? Beemmm... resposta simples, simplista mesmo: na república independente do Assú tudo pode, além deste fato, o executivo tem total confiança 'no seu poder de convencimento' e daí, é só esperar o SIM incondicional e sem questionamentos a ser dito por cada um dos 14 homens e uma mulher que compõem o legislativo assuense e... Uffaa... 

Entonce... SIM, SIM, SIM... SIM!

Aaah, o cargo de diretor do Cine Teatro Pedro Amorim a ser criado terá vencimento de R$ 2.200,00, um pouco inferior ao vencimento do secretário adjunto, que é de R$ 3.000,00, sem os 30% de aumento recém concedido pelo generoso gestor municipal.

A propósito, salvo engano, pelo menos três esposas de vereadores exercem a função de secretárias adjuntas do executivo assuense.

A propósito novamente, após inaugurado, com pouca pompa e programação muuuiito humilde (nem cachê, lanche... para os artistas locais teve), o Cine Teatro fechou... entrou em recesso. Pode um negócio destes? Claro que pode. Imagina vocês que os camarins aptos a receberem os artistas não possuíam nem espelhos, nem bancadas... mas o azul da fachada estava liinndo!!
Postado por Ana Valquíria

segunda-feira, 29 de julho de 2013

CENÁRIO HUMANO

NILDA FERNANDES – A ARTESà

Ivan Pinheiro
Que lindo!... Maravilhoso!... Fantástico!... Estas são algumas das expressões que ouvimos de visitantes quando, após as novenas, sobem os famosos “balões do São João”. É irresistível. Impossível não olhar para aqueles objetos arteiros, luminosos, que surgem do meio da multidão, sobe e vai gradativamente desaparecendo, altaneiro na escuridão, confundindo-se com as estrelas. É, sem dúvidas, um adorno artificial na noite, um ponto de luz com destino finito rumo ao infinito.

Dona Nilda orientando a subida do balão
Os “balões de São João Batista” fazem parte da tradição tanto da festa quanto da família Fernandes. Sua produtora é uma figura humana que vive sem fama, basicamente no anonimato. Seu nome não consta no cronograma das festividades, no entanto, quando chega a sua hora, faz uma verdadeira festa. Refiro-me a funcionária pública municipal, aposentada, Nilda Fernandes Batista.

Os “balões de São João” ostentam beleza e ao mesmo tempo simplicidade. É confeccionado com papel de seda, papel de embrulho, fita adesiva, farinha de trigo, limão, sal, arame, parafina (que passou a substituir o sebo de boi), saco de pano e fio de algodão. O custo de um balão sai, em média, por R$. 50,00 a unidade. O noiteiro que se preza esbanja na quantidade de balões. Cada um com frases alusivas ao padroeiro.

Subida em frente a Matriz - Foto: Rafael Medeiros
Sexagenária, mãe de dois filhos e esposa de José do Egito Batista, Nilda abona a tradição familiar que teve seu início com o tio do seu pai, José Leão que além de confeccionar balões foi um dos importantes santeiro do Estado. Após a sua morte, seu pai Manoel Fernandes Vieira popularmente conhecido pela alcunha de “Manoel Belo” ficou produzindo os balões em companhia de Moacir Wanderley.

Sua mãe, Maria Soledade Vieira, “Dona Dadinha” e seu irmão “Nelson Belo” deram seguimento a confecção dos balões após o falecimento de seu pai “Manoel Belo”. Era quase impossível conviver com artistas e não se transformar num deles. Nilda foi absorvendo o trabalho lentamente como auxiliar. Aos poucos foi tomando gosto pela atividade, e há dezesseis anos abraçou, definitivamente, a profissão que espera poder mantê-la até o final da vida.

“Com balão é preciso muito jeito e agrado para ele não queimar na subida; depois, o candeeiro de parafina vai queimando, queimando... até desaparecer no céu. Quando a parafina queima, a tocha vai se apagando e o balão desce suave do jeito que subiu... Nunca houve notícia de incêndio, nem no período de seca, provocado por um balão saído aqui da festa de São João.” confirma Nilda
Balão iluminando a escuridão - Foto: Luis Neto

A residência de dona Nilda é modesta. Localiza-se na rua Dr. Adalberto Amorim, 1251 – bairro Dom Elizeu – Assu. É no seio do seu lar onde desenvolve suas habilidades na confecção de balões e peças de roupas em crochê. Pelo seu talento e profissionalismo seu nome já esta carimbado na história cultural do Assu e do estado do Rio Grande do Norte.

Dona Nilda é uma assuense que valoriza e honra a sua cidade natal. Nas suas limitações colabora com o desenvolvimento sócio cultural da “Terra dos Poetas”. É, portanto, uma das artesãs que merece o reconhecimento da população do Assu e do Vale. Sem ela, certamente, a festa de São João Batista teria um brilho a menos na sua cultura e as noites não seriam tão belas porque estariam menos iluminadas. 

Nilda Fernandes Batista – A artesã. É gente da gente. Cenário Humano do Assu.

EM TEMPO: Esta crônica foi escrita quando os "balões de São João" ainda abrilhantavam as noites. Atualmente está proibida.  
Foto de Dona Nilda: Jornal O Reboliço

HUMOR

Estava um bêbado brabo perturbando, e uma mulher diz: 
- Espere aí que vou chamar meu marido que é soldado!

- Chame, pode chamar esse danado que eu quero tora-lo mesmo no lugar da solda!

domingo, 28 de julho de 2013

ATIVIDADE PARLAMENTAR

GEORGE SOARES NO REGISTRANDO

O convidado especial do Programa Registrando deste sábado, 27, foi o Deputado George Soares (PR). Durante sua participação o Parlamentar fez uma retrospectiva de seu mandato, enfatizando as ações do primeiro semestre de 2013.

O Republicano falou sobre as emendas destinadas para o município de Assu, que juntas somam mais de R$: 2 milhões de reais, enfatizando as emendas destinadas nesse ano de 2013 e as emendas que já foram pagas, como os R$: 260 mil do Estádio Edgarzão e o R$: 70 mil, que permitiram a compra de duas novas viaturas para o Batalhão da Polícia Militar. Entre os recursos destinados neste ano, estão os R$: 500 mil para a construção da UTI do Hospital Regional, R$: 300 mil para a construção da Praça do Feirante e mais de R$: 700 mil reais para a realização de cursos de capacitação através das Associações.

George Soares também falou da importância do Vale do Açu ter resgatado uma cadeira na Assembleia Legislativa e da luta pelos demais municípios que apoiam o seu mandato. “O Vale do Açu passou mais de 10 anos sem representantes no Poder Legislativo, ao conquistarmos essa cadeira, iniciamos diversas ações pela nossa região, abraçando lutas e conquistando pleitos”, disse.

O Parlamentar também agradeceu a todos os municípios que o apoiam e mostrou que trabalha por cada um, seja solicitando pleitos através de requerimentos ou destinando emendas.

Ao término de sua participação no programa, George Soares cumprimentou todos os amigos e correligionários presentes no estúdio. 
Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

IMAGINÁRIO POPULAR

Chegada de Dominguinhos no céu!!!

 

Gonzaga - Olá meu velho amigo, pegue a sanfona.
Dominguinho - Olá meu eterno rei, vamo espiar como tá de onde vir.
Gonzaga - Domingos, como tá as coisa no nodeste?
Dominguinho - Mai Rapá, a coisa ta fea.
Gonzaga - Mai o que tá aconteceno meu caba da peste?
Dominguinho - Trocaro a sanfona, o zabumbo e o triângulo.
Gonzaga - Como é, acabaro com o forró?
Dominguinho - Nã, mas se nós tivesse por lá a coisa tava preta.
Gonzaga - Proque, não tem baião, xaxado, xote e forró?
Dominguinho - Tem, mai o povo só quer sabê das garota safada que andam de aviões num ta de pegado danado nas farra de rico.
Gonzaga - Mai se o caboco tivesse por lá a coisa ia ser deferente.
Dominguinho - Mai o que nói ia fazê eterno rei?
Gonzaga - Começar de novo, nas praça e nas feira, viajando como tropeiro pelo nodeste.
Dominguinho - Mai, a gente ia passa fome.
Gonzaga - Mai dessa vez, a aligria era maió.
Dominguinho - Pru que Gonzaga?
Gonzaga - Num ixiste, num ai prazê maió que renascer para o meu povo.
Dominguinho - Mai, ocê já falô pru pai essa pruposta?
Gonzaga - Oia ele aí para responder.

Jesus - Despreocupe Domingos, despreocupe Gonzaga, o que os fez eterno não foi a permanência física na terra, nem o canto de Gonzaga e nem o solo da sanfona de Domingos, o que te fizeram eternos foram os ensinamentos e as ações, ensinaram os valores e a moral ao povo, defenderam suas raízes e não negaram suas origens, não precisa voltar, o céu precisa do seu canto, meus anjos serão mais afinados e os corações da terra serão cada vez mais tocados, vocês serão eternamente a cara do nordeste.
Do mural/face de DF / Fernando Caldas

HUMOR


Sorriso Pensante - Ivan Cabral

SUPERAÇÃO

Conheça a bela história do Sr. José

O repórter Cizinho, de Alto do Rodrigues, conta uma história que chama atenção pelo conteúdo. Trata-se do Sr. José, mais conhecido como “Perneta” tem apenas um metro e 10 cm de altura e carrega uma deficiência nas pernas, causada por uma surra que levou de um mal elemento. 

Veja seu grande exemplo:
“Perneta” - apesar da limitação física e dispor de aposentaria – não se acomoda nem fica lamentando nos cantos da parede. Ele afirma que o trabalho o faz se sentir como qualquer cidadão normal, satisfeito com a vida que tem.

“Perneta” trabalha pesado todos os dias, rachando lenha para fazer carvão. Chega ao local se arrastando desde sua casa até o local do seu trabalho, conhecido como “Cemitério das Vacas”, onde há centenas de ossadas de animais.

Na verdade, ele necessita de uma cadeira de rodas adaptada as suas necessidades, porém, não tem condições de comprar.

Em tempo: Perneta é um honesto trabalhador, merece uma cadeira de rodas.

Em tempo II: O labor diário do "Perneta" deveria ser registrado num documentário, quem sabe pelos alunos de Comunicação Social da UERN, ou ser mostrada em TV na rede nacional pra todo mundo ver.

Em tempo III: Parabéns ao Francisco de Assis de Souza Martins – CIZINHO, pela matéria no seu blog FALANDO IRREVERENTE.



Postado por Tony Martins