sábado, 26 de janeiro de 2013

CENÁRIO HUMANO

DEMÓCRITO AMORIM – O FOTÓGRAFO

Ivan Pinheiro
        Os pássaros ainda estão gorjeando, saltitando livremente quando surgem os feirantes. Em poucos minutos, vai se constituindo um alvoroço cultural onde se comercializa, no grito, milhares de produtos.
        Nesse horário Demócrito Amorim (o popular Teté), já abre o seu charmoso sobradinho, na Praça Getúlio Vargas e, da porta, observa o movimento de pessoas conduzindo carros-de-mão, chegando em carroças, animais, bicicletas, veículos automotores... E nesse vaivém vai enriquecendo sua cultura no contato direto com o povo humilde do Assu e região.
          Filho do casal Edite e Demóstenes Amorim nasceu no dia 09 de dezembro do século passado. Estudou no ENSV e no Ginásio Pedro Amorim. Concluiu o terceiro grau na primeira turma de Letras e Artes - Campus Avançado Prefeito Walter de Sá Leitão.
        Quando da Revolução de 1964 entrou na Farmácia de Horácio e encontrou com Alzair Pessoa. Foi indagado se poderia colocar seu nome numa correspondência que um grupo estava escrevendo para Leonel Brizola. Topou na hora. Dias depois, esta carta/telegrama que anunciava “Estamos prontos. Só faltam as armas!” foi descoberta na Rádio Nacional – RJ. O Comando do Exército “fechou o Assu” e levou o Grupo dos 11* para Natal. Teté conseguiu provar sua ingenuidade. No entanto, outros ficaram por vários anos sendo investigados e tendo que prestar depoimentos em Recife. A experiência como “comunista”, para Teté, não foi nada agradável. 
        Teté conhece, como poucos, as “histórias” do Assu de ontem e de hoje. Não é fácil entrevistá-lo. Aos poucos vai soltando alguma: - “Lembro quando a festa de São João era menor... Nós tínhamos o jornal ‘A Mutuca’ que funcionava no sobrado da Baronesa. Naquele tempo não tinha patrocinadores. Algumas vezes o Sr. Adriano (da SIMWAL) doou o papel. O jornal era a sensação da festa!... Circulou por mais de 10 anos. No final dos festejos fazíamos a confraternização na casa do meu primo Osvaldinho. Era muito bom!...” Em suas palavras observa-se que aquele (a) que não era “picado” pelo ‘A Mutuca’ não era chique nem estava em evidência.       
       Foi um respeitável promotor cultural. Tinha um faro singular para descobrir mulheres bonitas. Realizou por longo período, com glamour, concursos para escolha de “Rainha do Carnaval” e “Miss Assu”. Por três anos consecutivos (85 a 87) suas candidatas: Thonia Albano – Assu; Aparecida – Carnaubais; e, Jimena Fernandes – Assu consagraram-se “Miss Rio Grande do Norte”.  Em qualquer evento quando Teté entrava numa disputa era um terror para o adversário.  Afirma que a mais bela “Rainha do Carnaval do Assu”, em todos os tempos foi a do ano de 1985, Ariane (Sobrinha de Albany Fernandes - como era conhecida na cidade), do bloco Pau de Arara.
          Na década de setenta percorria grande parte do Brasil participando de eventos sociais, culturais e esportivos. Lembra que uma vez entrou de penetra no Copacabana Palace – RJ para assistir a escolha da “Rainha dos Jogos da Primavera”.
        Aprendeu com o pai a profissão de Fotógrafo. Perguntei se ele tinha muitas fotografias do Assu. Ele, sem se mostrar arrependido, respondeu: - “Não. Eu só tirava foto para ganhar dinheiro”. Completa: - “Faz anos que não pego numa máquina para fotografar. Cansei”.
        Amanhã haverá nova feira e certamente passará muita gente para trocar um “dedo de prosa” com Teté - memória viva da história cultural do Assu e Região.

* O Grupo dos Onze era formado por: Alzair Roberto Pessoa, José Willington Germano (Itinho), Demócrito Amorim (Teté), Demóstenes Amorim, Pedro Airton de Lima, Nuremberg Borja de Brito, Francisco Eupídio da Silva, João Leônidas de Medeiros Júnior, Francisco José Felix, Elian de Lima Cosme e Francisco de Assis Cosme (Chico Lamparina). A Revista Cruzeiro divulgou a relação do Clube dos Onze do Assu. 

Em tempo: Não tem foto porque ele não gosta. Pode?

AÇUDE DO MENDOBIM

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     O Açude do Mendobim localiza-se a cerca de 10 quilômetros ao norte da cidade do Assu, interceptando o rio Paraú. O início das obras foi em 24 de junho de 1954 – dia de São João Batista – pelo 5º Distrito de Obras do DNOCS, antes mesmo da aprovação do orçamento, do levantamento cadastral e da indenização das terras a desapropriar.
A princípio, surgiram diversos questionamentos a respeito da localização do sangradouro e da tomada d’água e o projeto foi suspenso.
Os trabalhos de construção do açude foram retomados no ano de 1963 e concluídos no ano 1972 pelo DNOCS. A parede possui 640.000m³ de terra compactada com uma extensão de 1.040 metros. A bacia hidrográfica abrange uma área de 1.062,5 Km², e o lago formado cobre uma superfície de 970 hectares, acumulando um volume de 76.349.462 m³ de água, considerando-se a cota 46,00 para a soleira do vertedouro, oferecendo um potencial hídrico para irrigar 1.642 hectares. A vazão regularizada é de 4.22 m³/s.
A parede do açude de Mendobim tem seção homogênea de solo compactado, com altura máxima de vinte e cinco metros e setenta centímetros. O reservatório, sobretudo no período em que está sangrando, proporciona um espetáculo de rara beleza, propício para a exploração do turismo regional em projetos de eco-turismo.
Os objetivos primordiais da obra eram: controlar as cheias; proporcionar irrigação de terras; piscicultura e abastecimento d’água do perímetro urbano do Assu.
Quanto ao abastecimento d’água, por quase 20 anos, a cidade se abasteceu através de uma adutora construída pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte – CAERN, através do Projeto Jacaré, proporcionando uma água de ótima qualidade. No entanto, em decorrência dos períodos de seca, época em que o açude fica com uma quantidade d’água muito baixa, e, em consequência da construção da adutora Jerônimo Rosado que capta água da Barragem Armando Ribeiro para Mossoró, a cidade do Assu foi contemplada com uma adutora, dando uma maior tranquilidade à população quanto à garantia da permanência do abastecimento de água, independente de inverno ou não.  

Portanto, o Açude do Mendobim, segundo publicações editadas pelo DNOCS, foi para a época uma obra necessária e permanece sendo essencial para a pesca, irrigação e poderá no futuro (esperamos que próximo) ser utilizado no eco-turismo.
  



















Fonte: DNOCS.
Fotos: Jean Lopes

MAIORES MUNICÍPIOS DO RN

De acordo com o IBGE os maiores municípios norte-rio-grandenses, em área territorial, são:
Mossoró...................................................2.099,333 km²
Apodi.......................................................1.602,480 km²
Santana do Matos....................................1.419,542 km²
Assu.........................................................1.303,442 km²
Caicó........................................................1.228,583 km²
Governador Dix-Sept Rosado...................1.129,375 km²
Caraúbas..................................................1.095,006 km²

Os demais possuem abaixo de mil quilômetros quadrado. 
Natal - a capital Potiguar - possui tão somente 167,263 km².

FOLIA

CARNAVAL 2013
Corpo de Bombeiros convida prefeituras e a imprensa para reunião sobre segurança de eventos carnavalescos
Em função da aproximação dos eventos carnavalescos, o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN), Coronel Elizeu Lisboa Dantas, está convidando organizadores de eventos e a imprensa a participar, na próxima terça feira, dia 29, às 9 horas, no auditório do Quartel do Comando Geral da Instituição, de uma reunião para tratar sobre as providências a serem tomadas durante o Carnaval, indispensáveis à segurança do público.

Na ocasião, os militares do Serviço Técnico de Engenharia (SERTEN) do CBMRN apresentarão dados referentes ao Código Estadual de Segurança Contra Incêndio e Normas Brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) voltadas aos eventos carnavalescos.A iniciativa do Coronel Elizeu Dantas, Comandante do CBMRN, visa garantir mais orientação aos promotores de festas e agilidade aos processos relativos aos eventos com grande aglomeração de público, com uso de arquibancadas, trios elétricos, camarotes, entre outras estruturas metálicas, como forma a evitar interdições pelo não cumprimento da legislação que estabelece as condições de segurança para este tipo de evento.

"Apesar do parecer do Corpo de Bombeiros que regulamenta estes eventos ter sido criado em 2010 percebemos que muitos dos organizadores de festas ainda insistem em realizar eventos sem as condições de segurança necessárias. Nossa intenção é contribuir para a realização de um grande carnaval, sem que haja a necessidade de interdições tendo a segurança como prioridade", disse o Coronel Elizeu Dantas, Comandante Geral do Corpo de Bombeiros.

Os organizadores de eventos carnavalescos deverão comparecer ao Corpo de Bombeiros, terça feira, dia 29, às 9 horas, no auditório do Quartel do Comando Geral da Instituição, na Avenida Prudente de Morais, nº 2410, em Natal. Para mais informações 8129-3618 (Tenente Christiano Couceiro).

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

HUMOR

O bebê! E a mãe?

TROVA


Eu mesmo sempre critico
Mas, foi não foi, dou vexame.
Se vai dirigir, eu fico,
Mas se vai beber... Me chame!

Ademar Macedo / RN.

AbrASSUs

Para os aniversariantes: Ana Valquíria; Francisco Morais - Pirocô; Paulo Alberto - Pelé; Pedro Albano da Silveira; Ivanoska Borges (minha irmã); Regivânia Fernandes (minha irmã); Eloise de Sá Leitão e Delkisa Cavalcante.
Aos amigos e seguidores: Rosivaldo Quirino; Studio JW; Lúcio Flávio; Ronaldo Soares; Lourinaldo Soares; Paulo Caldas e Arildo Soares.

HISTÓRIA

ASSU - CENSO DE 1920
Prédio da Intendência Municipal e Cadeia - Atual Prefeitura
Conforme recenseamento ocorrido no dia 1º de setembro de 1920 o Assu apresentava, em alguns aspectos, o seguinte quadro :
População - 19.056 habitantes com uma única religião professada a Católica Apostólica Romana. Tinha como vigário o Padre Joaquim Honório da Silveira.
Produções - O município era rico em minerais e vegetais, e prestava-se muito à criação de toda espécie de gado.
Minerais - Havia minas de ferro, gesso, malacacheta, granito, pedras calcárias, etc., com diminuta exploração e algumas nunca exploradas.
Vegetais – A várzea do Assu possuía carnaubeiras em abundância e constituía uma das principais fontes de riqueza do município.
A Carnaubeira servia para a construção de casas, fornecendo ótimas linhas, caibros e ripas.
Os casebres dos moradores menos abastados eram construídos todos dessa maravilhosa palmeira – com o estipe faziam as linhas e esteios; da palha cobriam o teto e entrançavam as paredes; com o talo confeccionavam as portas.
Com a palha, de certa consistência, confeccionavam vários acessórios: esteiras, cordas, urupemas, abanos, sacos, chapéus de variadas qualidades, entre outros produtos e potencialidades desta palmeira tão comum em nossa região, que podemos até dizer que a conhecemos como as palmas das nossas mãos.
Na várzea, em 1920, encontravam-se facilmente quixabeiras, juazeiros e oiticicas, entre outras espécies.
No tabuleiro, em 1920, era abundante o angico, a sucupira branca, frei-jorge, pau-ferro, jucá, imburana, pau d’arco, catanduva, pereiro, pau branco, facheiro, cumaru, aroeira, catingueira, oiticica, caraibeira, pitombeira, entre outras. Umas apreciáveis por seus frutos, outras prestando-se a obras de carpintaria e marcenaria.
Em 1920, Assu possuía animais de variadas espécies, principalmente tatu, veado, maritaca, raposa, gato do mato e tamanduá. Encontrava-se ainda ema, garça, e uma infinidade de pássaros canoros e de belas plumagens.
A agricultura era bem desenvolvida, principalmente o algodão, milho, feijão, arroz, sorgo, batata, mandioca, cana de açúcar e muitos outros cereais.
Ai, portanto, alguns aspectos do censo demográfico de 1920 em Assu. 
Fonte: Censo demográfico de 1920. 

AÇÃO PARLAMENTAR

Acompanhado de técnicos da Semarh, deputado George Soares visita área ribeirinha de Ipanguaçu


Na manhã desta quinta-feira (24) o deputado estadual George Soares (PR) visitou as comunidades de Itu, Picada e Porto, na lagoa da Ponta Grande, no município de Ipanguaçu. 

O parlamentar estava acompanhado dos engenheiros Otacílio Ferreira e Rafael Galvão, técnicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), do presidente da Colônia de Pescadores Z-47 Doel Soares da Costa e lideranças locais. 

O objetivo principal da visita foi buscar solução para a falta de água nas comunidades diante do eminente risco dos reservatórios secarem caso a seca se prolongue e não sejam tomadas as medidas necessárias.

O deputado percorreu o canal que ao longo de 15 quilômetros abastece aproximadamente 800 famílias que vivem da pesca e da agricultura irrigada em uma área desapropriada pelo Incra para fins de reforma agrária.   

O canal abastece tudo sem necessidade de bombeamento, apenas por gravidade.  

O problema começa em ITU, onde o rio Pataxó, devido assoreamento, tem pouca vazão. Mesmo com o desnível, até a Picada a água ainda chega suficiente para manter perene um pequeno lago.

Daí para frente o canal secou. Conseqüentemente, “sem receber água, a lagoa de Ponta Grande, que está com apenas 20% de sua capacidade, secará nos próximos meses”. Disse José Maria Soares, presidente da Associação de Moradores.   

Durante a visita, os problemas detectados, além das erosões e a mata ciliar, foram os desvios de água e barramentos feitos aleatoriamente no canal.  

Soluções

Os técnicos da Semarh, engenheiro Otacílio e Rafael Galvão, com base no que viu, vão apresentar estudo para ser apresentado ao Secretário Gilberto Jales.

O deputado George Soares, como medida emergencial vai solicitar hoje mesmo a governadora Rosalba máquinas para fazer a limpeza e nivelamento do canal.     
   
Além da medida paliativa, a solução será a recuperação do canal do Pataxó que faz a transposição de água da barragem Armando Ribeiro para o rio Pataxó. 

Imagens da visita ao canal e lagoa












    Texto:     Fotos: Emanuel (De olho no Assú)