quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

REDENÇÃO DO VALE

ZPE DE ASSÚ ESTÁ PARADA NO TEMPO

Helson Braga, Presidente da ABRAZPE, diz que ZPE
de Assú ainda é viável.
O presidente da Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação (ABRAZPE), Helson Braga, mostrou-se bastante satisfeito com a situação da ZPE de Macaíba. 

Segundo o executivo, a localização privilegiada do município facilita muito a captação de potenciais investidores, garantindo o sucesso da empreitada. 

"O município de Macaíba é encravado em um lugar absolutamente estratégico. É cortado por duas BRs, fica próximo ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante e apresenta boa capacidade energética. Esses agentes facilitadores são chamarizes muito fortes para o capital investidor estrangeiro", afirmou, salientando que o escoamento da produção poderá ser feito tanto por via aérea, com produtos de maior valor agregado, como através do porto de Natal, além do convencional transporte rodoviário. 

Já na cidade de Assú, que também foi contemplada com a possível instalação de uma ZPE em 2010, o cenário é praticamente o oposto, com o empreendimento totalmente paralisado.

A total falta de condições estruturais - explica Braga - torna virtualmente impraticáveis os custos para a viabilização do parque industrial no município do Oeste Potiguar. O resultado das condições adversas foi a ausência de conglomerados empresariais interessados em investir na localidade.

Para agravar ainda mais a situação, o único grupo que sinalizou algum interesse de trabalhar com a ZPE do Sertão, como foi batizada - formado por investidores ingleses - teve as negociações interrompidas após a mudança da gestão municipal.

O líder da ABRAZPE criticou a postura da Prefeitura assuense, relatando que a motivação para o fim do acordo veio de uma desavença partidária, já que a administração da cidade passou às mãos do grupo político adversário no meio do processo. 

Para ele, a única chance que a ZPE do Sertão tem de dar certo é através da privatização com recursos estrangeiros, já que os custos para erguer a estrutura em Assú são altíssimos.

"Nenhum estrangeiro com um mínimo de sensatez vai investir em um lugar que não oferece qualquer segurança para o projeto. Falta lucidez e realismo para esses gestores. O Rio Grande do Norte está perdendo uma oportunidade histórica de desenvolvimento por falta de visão", lamentou Helson Braga.

O representante da ABRAZPE salientou, porém, que, a despeito do que tem sido veiculado pela imprensa nos últimos meses, a ZPE do Sertão não corre o risco de ser cancelada- pelo menos no curto prazo - devido ao não cumprimento dos cronogramas originais estabelecidos pelo Conselho Nacional das ZPEs (CNZPE) para instalação da estrutura, com duração de dois anos, ou seja, vencidos desde o ano passado. O CNZPE - atestou Braga - prorrogou o tempo limite para execução do empreendimento em mais dois anos, o que expande o prazo para implantação para 2014.
Fonte: Novo Jornal - 18 dez 2013.
Economia - Cleo Lima.

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