terça-feira, 15 de outubro de 2013

ASSU EM POESIAS

PARABÉNS ASSÚ!

ASSÚ

Qual teu canto és harmoniosa.
Entre sonhos e tabas a mais vistosa
Teus filhos garridos são teus ideais
Teus grãos de areia me lembram um terço
Ao juntá-los, um a um, construí meu berço,
Onde adormeço coberto por teus carnaubais.

Este teu sol quente, este teu ar silvestre,
Tua fala, vinda do quintal campestre,
Prende aquele que sobre te pisar
E como uma máquina, ao seguir seu trilho,
Amo-te terra, como uma mãe ama a um filho,
Sem querer nunca te deixar.

Edivan Bezerra - Assuense


ASSÚ 

ASSÚ, 168 anos de formosura,
Pacata, meiga, qual uma debutante,
Imaginando ser este o instante
De abraçar e alentar sua cultura.

Teu rio d’águas correntes, cintilante,
Deleita ao solo, gerando fruticultura,
Inaudita, até a incessante criatura,
Que na lida do ontem foi coadjuvante.

Plaga privilegiada pela natureza.
Das Potiguarânias és o celeiro.
Petróleo jorrando... Quanta riqueza!

Avante debutante! Sejas mais garrida.
Mostre tua garra, teu suor, teu cheiro.
Adote o progresso... Oh, terra querida!

Ivan Pinheiro - Assuense.


ASSÚ

O Assú envelhecendo
Com o seu tesouro imerso
Abre a fonte do progresso
Cumpre a ordem de Deus pai,
Teu nome quer dizer grande,
A tua história tem brilho,
Assú de João Celso Filho
Crescei e multiplicai.

Nas tuas várzeas a brisa
Balança tuas palmeiras,
Das tuas carnaubeiras
Muita riqueza se extrai;
As tuas belas paisagens
Ao longe deslumbra a vista,
Assú de São João Batista
Crescei e multiplicai.

Francisco Agripino de Alcaniz (Chico Traíra) - Ipanguaçuense


ASSÚ

Não sei se existe terra mais ditosa
Do que esta minha bem ditosa terra,
Onde tudo se mostra cor de rosa,
E um panorama de beleza encerra.

Nela palpita meiga e carinhosa
Esperança fagueira a que se aferra
A alma de seus filhos, dadivosa,
Quer nos tempos de paz ou nos de guerra.

Tudo é beleza, encantamento, riso!
Suas várzeas fecundas e seus campos
Lembram um ditoso e eterno paraíso.

E no sussurro dos carnaubais
A gente escuta, à luz dos pirilampos,
Doce promessa de conforto e paz.

Adalberto Soares de Araújo Amorim - Assuense


ASSÚ

Minha terra natal, revendo o teu passado
De glórias, tradições e gestos imortais.
Sinto orgulho de ter do teu seio emanado
Ouvindo o farfalhar dos verdes carnaubais.

De Ulisses Caldas és berço idolatrado,
Ninho de aspirações, gleba dos ideais,
Teu solo se assemelha ao sonho do Eldorado
Onde brotam chovendo os lírios e algodoais.

Tudo é grande em ti. As várzeas, as lagoas,
O rio a se estender em messes aos lavradores,
Do poeta a melodia, os violões, as loas.

A noite, quando o luar no céu pede um poema
E a terra a adormecer desperta os sonhadores,
Grita na serra ao longe a triste Seriema.

Francisco Augusto Caldas de Amorim (Chisquito) - Assuense


ASSÚ

Do Cabugí além, na sertaneja plaga
Que as estiagem flagela e a chuva enche de vida,
Onde, à tarde, o nordeste acaricia, afaga,
Do verde carnaubal a copa ao alto erguido.

Está, florente e bela, a cidade querida
Que é meu berço natal. Por mais singela e vaga
A memória conserva, em saudade envolvida,
A impressão infantil, que o tempo não apaga.

Recordo a várzea, o rio... Aspectos que vi,
A lagoa Piató, na enchente e na vasante,
O parque e o laranjal da casa em que nasci.

Recordo a voz do sino em vibração feliz
E o cordeirinho branco, esguio e vigilante,
Solitário, a girar na torre da matriz.

Antônio Soares - Assuense


ASSÚ

Assú, ó terra querida,
Que deu vida à minha vida,
Paz, amor, inspiração;
Por ti, cidade dileta,
Fui um boêmio poeta...
Que rendosa profissão.

Renato Caldas - Assuense


ASSÚ – MINHA TERRA

Minha terra é tão linda,
Tão boa, tão rica...
Como a Terra da Promissão.
Nela o sol mais vivifica
A alma e o coração

Penso, às vezes, que os Gênios da Ventura,
As Fadas da beleza e da Ternura
Nasceram no seu seio,
Num dia todo cheio,
De luz, de sonhos, de alegria infinita...

Dos carnaubais as palmas verdejantes,
Sacudidas por ventos sussurrantes,
Parecem ventarolas se cruzando,
Se beijando
No espaço embalsamado

Pelo aroma das plantas tropicais.
Seus lagos e rios,
Sempre a cantar
Dolentes amavios,
Na voz de cristalinas águas,

Fazem-me recordar
A infância, a meninice, a mocidade,
E com que saudades
E quantas mágoas,
Lembro esse tempo que não volta mais.

Olho o vestuto templo secular,
Enquanto o velho sino, a badalar,
Chama os fiéis ao culto de Jesus,
Num ambiente de flores e de luz...
Como é tão linda e tão boa

A minha terra natal.
De Deus, a benção fadou-a
A ser, na história, imortal.

Olegário de Oliveira Júnior - Assuense 


ASSÚ

Só a entendo com Renato
Tendo à mão “Fulô do Mato”
Caldas, Palmério e Chisquito
Bons poetas, oradores,
Jornalistas e escritores,
Grandes Mitos que hoje cito.

Neste passado eu mergulho
Pra dizer do meu orgulho
De no Assu ter nascido,
Isto muito envaidece,
Enaltece e engrandece,
Jamais será esquecido.

Andiere Abreu (Majó) - Assuense


ASSÚ

Sabendo do que sinto como sonho,
Desci ao abrigo da realidade;
E encontrei vivendo até risonho
O mais simples morador desta cidade.

Contém infuso partes que suponho,
Ser um protótipo da posteridade,
Não há no corpo um cio enfadonho
De progresso, de paz ou de vaidade.

Ao morador que ama e sofre com respeito,
São sensíveis as maravilhas que deleito
Na cidade que avança como o mar.

Que tem nos verdes vales do seu peito,
Um rio antigo e sinuoso no seu leito
Da terra prometida para quem quer amar.

João Batista de Sena (Sena da Cosern) - Assuense 


ASSÚ

Parece uma princesa que adormece
Ao remansoso som dos madrigais,
Ouvindo o farfalhar, num tom de prece,
Dos leques a cantar, dos carnaubais.

Feliz o que penetra os seus umbrais
E do seu povo um galhardão merece.
Assu tem, no valor dos ancestrais,
Grandes filhos, dos quais se desvanece.

Possui o seu condão de tal magia,
Embalando, no seu berço, a poesia
Qual um mágico acorde de saltério.

Traz de origem o dom dos Wanderley,
Poetas natos da famosa grei,
Ao lado de Renato e de Palmério.

Antídio de Azevedo - Assuense.


ASSÚ

Terra natal é belo quando esplende
O azul da tua abóbada infinita,
Torrão, no qual tanta nobreza habita,
Onde o Piranhas plácido se estende.

Sertaneja cidade, em ti palpita
Um seio amigo e bom que a todos prende;
Teu campo é um ninho alegre que recende
Aos raios tropicais que o sol vomita.

Nordestino rincão, valor genérico
De um povo, a resistir à intensidade
Do terrível flagelo climatérico.

Ao vir do inverno, em vez do mal profundo,
Pode-se comparar tua bondade
A um pedaço de céu dentro do mundo.

João Natanael de Macedo - Assuense


MINHA TERRA - ASSÚ 

Terra bendita, onde abriguei, ditosa,
De minha infância as ilusões fagueiras...
Coroada, qual rainha majestosa,
Das verdes palmas das carnaubeiras.

Terra gentil, que acolhes, carinhosa,
Nas oiticicas verdes e altaneiras,
Aves gracis, que, em voz doce, maviosa,
Cantam do sol as irradiações primeiras.

Se eu, algum dia, trêmula velhinha,
Presa a mágoa, sem fim, que me espezinha,
Ao teu solo, volver, berço risonho,

Agasalha-me ainda com a ternura
Com que, outrora, em dias de ventura,
Agasalhaste o meu primeiro sonho.

Carolina Wanderley - Assuense.


ASSÚ

Assu, ditoso vale. Expressão, harmonia
Para um hino vibrante, um poema superior!
Obra-prima, que o artista, arrebatado, cria
Cantando a formosura, a natureza e o amor!

Terra fértil. Visão que o habitante extasia,
Terna mãe lhe estendendo o seio acolhedor,
Onde ele achou a paz, a esperança, a alegria
A abundância da seara e o perfume da flor.

Jardim da inspiração. Retiro doce e brando.
Cercanias que tem rebanho e têm zagais.
Várzea onde o rio vai – claro, se debruçando,

A distância a vencer com as águas musicais
E onde se escuta a voz dos pássaros – louvando
A seiva e a ostentação dos verdes carnaubais.

Edinor Avelino - Assuense.


TERRA ONDE SE NASCE 
(ASSÚ)

“Como é sublime
Saber amar
E com alma adorar
A terra onde se nasce”.

Por mais se estenda a vida, avance mais a idade
E se esteja, afinal, da terra-berço ausente,
Na memória contante, é luz e claridade
Da lembrança feliz, do afeto permanente.

A Praça da Matriz, a maior da cidade...
Assú... Carnaubal majestoso e virente...
O São João, o Natal... E me afirma a saudade:
“Como foi seu passado é hoje o seu presente”.

Maldito seja quem seu próprio berço esquece.
Ninguém pode esquecer, por mais que o tempo passe,
Que tão somente foi semente para a messe.

E contempla, tal qual se acordada sonhasse,
Em fervorosa unção de comovida prece –
O retrato mental da “terra onde se nasce”.

Mariano Coelho - Assuense.


FOTOS: Jean Lopes, Kamyla Joanna, Luciano Nobre, Samuel Fonseca, Vicente A. Queiroz, Fábio Luiz, Getúlio Moura. 
PINTURA: Wagner Oliveira. 

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