segunda-feira, 2 de setembro de 2013

PARÁBOLAS POLÍTICAS

Doutor Zé Leão, médico mossoroense, gozador por natureza, postava-se na fila do cinema. De repente, chegou um rapaz e interpelou:
- Doutor Zé Leão, por favor não se mexa. 
Zé Leão sentiu um choque. 
- Não é nada demais não - explicou o jovem - É só um besouro fedorentos aqui no seu paletó. 
Em seguida, deu um capilé no coitado, que foi cair longe. Zé Leão devolveu:
- Obrigado.
O conterrâneo esperou um instante e falou:
- Doutor dá prá o senhor arranjar aí dois contos para eu "enterar" a minha entrada?
Zé Leão olhou o moço e detonou:
- Vá buscar o besouro e bote o bichinho aqui no meu ombro.

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O moço Dix-sept Rosado (foto) partia do Oeste com obstinação e ousadia rumo ao Palácio Potengi. O bairrismo era muito forte e as forças adversárias não aceitavam um "governador de Mossoró". A igreja católica não se pronunciava, pois seguia o preceito: Os políticos cuidam do corpo, nós cuidamos da alma. O bispo Dom Marcolino era tentado pelos jornalistas a dar sua opinião e o velho pastor sempre saía pela tangente. Certo dia, um jornalista forçando a barra disse:
- Dom  Marcolino, só tem nós dois aqui. Por favor, se a eleição fosse hoje, quem o senhor aconselharia para governador?
Dom Marcolino sabiamente respondeu:
- Meu filho, se eu Dix-Ser, você diz Maia...
Meses depois, Dix-Sept Rosado Maia foi eleito governador. 

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Mário David Andreazza, quando ministro, visitou o Porto Ilha (Areia Branca). Recepcionado por vários prefeitos da região salineira, um deles teve a ideia de levar dez crianças, cada uma com uma flor para o ilustre visitante. Ao receber as flores, Andreazza beijou uma das crianças e exclamou:
- Que coisa linda! São naturais? (referindo-se às rosas).
O prefeito Geraldo Alves aproximou-se e disse ao ouvido do ministro:
- São sim senhor; mas eu vou registrar os bichinhos, depois...

Fonte: Jornal Metropolitano - Autor: Valério Mesquita.

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