domingo, 16 de junho de 2013

O MESTRE DE RANCHINHO DE PÁIA

Chico Elion - O pai de canções eternas

Francisco Elion Caldas Nobre
 16/5/1930 Assu, RN
+ 13/06/2013 - Natal/RN.
O compositor, instrumentista e cantor Francisco Elion Caldas Nobre, mais conhecido no mundo artístico como “Chico Elion”, autor de “Ranchinho de Páia” e “Moinho Dágua” foi um dos mais prolíficos autores musicais que o Rio Grande do Norte já ofereceu ao mundo. Quem informa é a pesquisadora musical Leide Câmara, que o visitou no Hospital Professor Luiz Soares, a Policlínica do Alecrim, onde o artista, alcançado por uma crise violenta de enfisema pulmonar, faleceu na quinta feira dia 13 de junho de 2013.

Músico desde a mais tenra infância, Elion estreou profissionalmente como cantor em 1948, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro com a música "Lavadeira", de sua autoria e Capelinha, como consta no “Dicionário da Música Popular Brasileira”, do crítico Ricardo Cravo Alvim, que se baseou para escrever o verbete sobre Chico no livro de Leide “Dicionário da Música Popular do Rio Grande do Norte”.

Como registra a pesquisa de Leide, muito amiga do artista, ainda em 1948 Chico Elion formou dupla com Manoel Neves Cavalcante, de duração efêmera. Em 1951 fundou o Trio Acaiaca. No mesmo ano formou o Quarteto Marupiara, que teve pouco tempo de atuação. Em 1950 teve sua primeira composição gravada, "Moinho d'água", por Aldair Soares na CBS. Em 1955 teve o samba "Se eu fracassar" gravado por Rinaldo Calheiros.

Entre 1960 e 1971 apresentou em diferentes rádios o programa "Varieté transa bacana", no qual recebeu importantes nomes da música brasileira. Em 1981 teve a música "Rancho de paia", registrada por Luiz Gonzaga no LP "A festa".

Músicas de Elion foram gravadas por vários intérpretes, entre outros os trios Nordestino, Irakitan e Marayá. Em 1995 lançou de forma independente o CD "Chico Elion e vozes amigas", seu primeiro trabalho solo.

Em 2010, foi homenageado e teve sua música "Lembranças de um solovox" gravada no CD "Gerações", de seu filho Kiko Chagas. O disco consistiu em uma homagem, além dele, a outros dois compositores potiguares, os irmãos Manoel de Elias e Zé de Elias.

No ano seguinte, foi novamente homenageado por seu filho, Kiko Chagas, no CD "Kiko Chagas canta Chico Elion". O disco trouxe apenas regravações de obras suas, sendo três delas em parceria com Kiko: “Meu brinquedo”, “A flor e o beija-flor” e “Bom brasileiro”.
Chico Elion no "Ranchinho de Páia".

Chico Elion e Nara Leão
Fonte: Blog de Roberto Guedes.

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