domingo, 6 de janeiro de 2013

IRMÃ LINDALVA

FESTA DE IRMÃ LINDALVA
Será de 07 a 17 de janeiro o transcurso da programação sócio religiosa da Paróquia de Irmã Lindalva, co-padroeira que leva seu nome e o de São Cristóvão, no Bairro Janduís (COHAB) na cidade do Assu.
Já está tudo praticamente pronto para a largada, nesta segunda-feira próxima, dia 7 de janeiro de 2013. Por conta das múltiplas atividades que estão sob a sua responsabilidade, o administrador da citada paróquia, padre Flávio Augusto Forte Melo – que responde ainda pelas atribuições de administrador da paróquia de São João Batista e Vigário-Geral da Diocese de Santa Luzia – está sendo auxiliado por outro sacerdote, o padre Augusto Lívio Nogueira de Morais, integrante do corpo de padres do Seminário São Pedro, na cidade de Mossoró. E, como auxiliar, o padre Augusto Lívio é a pessoa que está mais diretamente engajada em todo o processo de organização da festa católica.
A festa constará de missas, novenas, procissões, almoço no São João Park Club, Cavalgada da cidade à Malhada de Areia, entre outros atrativos.

IRMÃ LINDALVA JUSTO DE OLIVEIRA


BEATIFICAÇÃO
A solenidade de beatificação de Irmã Lindalva Justo de Oliveira ocorreu, às 16 horas, do dia 02 de dezembro de 2007, no estádio Manoel Barradas (Barradão) em Salvador – Bahia. A beatificação foi proclamada pelo Cardeal José Saraiva Martins, presidente do pontifício Conselho para a Causa dos Santos, que veio de Roma representando o Papa Bento XVI. O Cardel Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil Dom Geraldo Majella Agnelo presidiu a missa.

MEMÓRIA VIVA
Após a morte de Irmã Lindalva, sua memória continua viva. Irmã Maria Elcina de Jesus é uma das responsáveis por abrir a capela para visitações e contar a vida da freira que pode virar santa pós a beatificação. Ela revelou ao Diário de Natal (02/12/2007) que muitos devotos que visitam o prédio têm relatado graças alcançadas com a ajuda de Irmã Lindalva. No livro de registros da capela constam dezenas de relatos, entre eles cura de tuberculose, emprego conquistado e coagulação de uma cicatriz que sangrava. “Ela foi muito boa, era muito dedicada à fé”, conta Irmã Elcina.

Para que uma pessoa seja beatificada é necessário um longo processo de análise e estudo na igreja católica. Postulador de vários processos de beatificação e canonização, monsenhor Francisco de Assis Pereira, comentou (Poti/Diário de Natal) que antigamente somente o Papa podia promover uma causa de canonização, mas hoje em dia, os bispos têm autoridade para isso.

VENERÁVEL
Assis destacou que para se tornar beato é necessário comprovar um milagre ocorrido por sua intercessão, no entanto, no caso dos mártires, não é necessária a comprovação de milagre. Dessa forma, Irmã Lindalva passou a ser Venerável em 16 de dezembro de 2006, quando o decreto do seu martírio como serva de Deus foi promulgado.

A cerimônia da beatificação foi realizada já que ela é dispensada de milagre. A canonização se dará quando acontecer à comprovação de um milagre. Comprovado o milagre o(a) beato(a) é canonizado e o novo Santo passa a ser cultuado universalmente.

O processo de beatificação de Irmã Lindalva foi um dos mais rápidos entre os beatos brasileiros. Ele foi iniciado em 17 de janeiro de 2000 e em 03 de março de 2001, um ano e três meses depois, já estava sendo concluído. Como ela foi considerada mártir da Igreja Católica, a comprovação de milagres para se tornar beata não foi necessária.

SERVA
Católicos comparam morte de Lindalva a de Cristo – Os médicos legistas contaram 44 facadas no corpo de Lindalva. Naquela Sexta-Feira Santa, enquanto Cristo morria na cruz, ela morria na sua enfermaria. Cristo levou 39 açoites, e com as 05 chagas, dos pés, mãos, ao todo 44, unia simbolicamente a morte de Lindalva à sua paixão, que um pouco antes ela acabara de celebrar na Via-Sacra. Com impressionante realismo, ela agora podia repetir as palavras de Cristo no Evangelho: “Não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida em resgate de muitos” (Mt 20,28).

ASSUENSE
A assuense irmã Lindalva – a mártir da fé – era conhecida por sua paciência e bondade. Irmã Lindalva cuidava dos internos da ala masculina do abrigo Dom Pedro II. Era o seu primeiro trabalho, depois de fazer seus votos, em Natal.

A sua alegria, jeito carinhoso com que tratava os internos, chamou a atenção de Alberto da Silva Peixoto, 47 anos, que se dizia apaixonado por ela. Desiludido da paixão, Alberto saiu bem cedo do abrigo, foi a uma feira livre, comprou uma faca-peixeira e retornou com a arma branca enrolada num pedaço de papel. Alberto desferiu 44 facadas na freira, quando ela servia o café-da-manhã, pouco depois de participar da Via-Sacra da paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem. Esta tragédia ocorreu na sexta feira da paixão do ano de 1993. Irmã Lindalva tinha 39 anos. 

A alegria, a paciência e a simplicidade de Lindalva Justo de Oliveira sempre foram suas marcas, desde a meninice, no sítio Malhada de Areia, à margem da Lagoa do Piató. Após entrar para a ordem das “Filhas da Caridade”, Irmã Lindalva se destacou pelo amor ao serviço aos mais carentes, mas nunca perdeu o sorriso e o brilho nos olhos que a todos cativavam. No tradicional asilo soteropolitano, Irmã Lindalva se realizava. Dava banho nos idosos, vestia, alimentava, dava remédios, carinho e conforto. Cantava e tocava violão para eles. Pouco a pouco conquistou o amor de todos os internos. Era feliz assim.

FAMÍLIA
Lindalva Justo de Oliveira nasceu em Assu no dia 20 de outubro de 1953. Filha de João Justo da Fé e de Maria Lúcia da Fé. Ainda jovem, ela saiu de Assu para estudar em Natal, onde cuidou do pai, doente de câncer. Depois, comunicou a família sobre sua vocação religiosa, e ingressou na Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.

Depois que se tornou freira, em 1991, foi para Salvador. Apesar do pouco tempo de vida religiosa, Irmã Lindalva conseguiu demonstrar a força de seu amor e fé pela vida cristã.
Em Assu, na Rua Monsenhor Júlio Alves Bezerra, ainda moram a mãe e alguns irmãos. Maria Lúcia da Fé, a mãe, o sobrenome parece fazer jus à forma como vive e como criou doze filhos.

Paciente, bem humorada e serena, dona Maria Lúcia da Fé tem consciência de que é mãe de uma quase santa. Diariamente, ela faz orações para a própria filha. Pede graças e têm recebido algumas.

DIA DE IRMÃ LINDALVA
O dia 07 de janeiro é ponto facultativo no município em virtude da celebração do dia da bem aventurada Irmã Lindalva - data determinada pela Igreja Católica Apostólica Romana. 

Fonte: Fragmentos de reportagens dos jornais Poti/ Diário de Natal e De Fato, 02/12/2007.

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