sábado, 22 de dezembro de 2012

FIM DO MUNDO

         MOTE

FOI GRANDE A DESPEDIDA
E O MUNDO NÃO ACABOU

GLOSA

Numa fazenda cedida
ALEMÃO fez a festança:
Comida, bebida e dança...
FOI GRANDE A DESPEDIDA.
Fez "prego" em desmedida
Até missa encomendou.
Um conjunto contratou,
Chorou perante os amigos,
Deu perdão aos inimigos...
E O MUNDO NÃO ACABOU.
Autor: Ivan Pinheiro
O episódio (da glosa) deu-se com o meu amigo Eloilde Simão (Alemão) 
no dia 11 de agosto de 1999 - Data também prevista para o fim do mundo. 

É NATAL!!!

FELICITAÇÕES NATALINAS / AGRADECIMENTOS:

Evolução - Neto e Nileni; Deputado George Soares; Secretaria Extraordinária de Cultura; Fundação José Augusto; Marlene Araújo; Ceiça Almeida (Grecom - UFRN); Alyson; Ana Kaline Araújo; Mané Beradeiro - contador de causos; Auricéia Lima - escritora e jornalista; Flávio Rezende - jornalista; Dodoca Mafra e Renato Cabral.

A todos um abraço cercado de vida, coragem e esperança. Muita luz em 2013!!!

TROVA ASSUENSE

POBREZA

PObreza, mísera peça,
Soluços, prantos, ruína;
Té a palavra começa,
Por onde tudo termina.

Autor: Luís de Macedo Filho
Fonte: Assú - Atenas Norte-Riograndense.

TROVA ASSUENSE


Minha filha, se eu pudesse,
Faria dos olhos teus,
O altar da minha prece,
A lira dos sonhos meus.

Autor: Francisco Amorim (Chisquito)
Retirado do livro: Assú - Atenas Norte-Riograndense.
Foto: Os belos olhos da menina Marina
Publicada por Getúlio Moura - Assu/RN. 

AUTO ESCOLA


Saia... Literalmente

J
OSIAS Calixto andava muito pela oficina de Enock Cachina em Assu. Certa vez inventou de aprender a dirigir. Enock foi fazer o primeiro teste. Mandou-o entrar no carro e começou as instruções:
- Josias, tire o carro de marcha e ponha em ponto morto. Pegue a chave, coloque na ignição e ligue.
            O carro funcionando deixou Josias empolgado. Enock continuou:
 - Agora saia...
 Josias, chateado naturalmente, abriu a porta do carro e saiu... Literalmente.
kkkkk

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ECOTURISMO


GRUTA DOS PINGOS 
Localiza-se a cerca de 14 quilômetros do centro da cidade do Assu na comunidade Pingos. É uma caverna com aproximadamente 22 metros de largura por 08 metros de altura. Possui duas cavidades: uma que dá condição de penetrar, por aproximadamente 50 metros (sem a ajuda de equipamentos), onde se pode observar a passagem de um pequeno riacho. A outra é a que dá nome a gruta, ou seja, o teto pinga incessantemente de seca a inverno.      
A área é de difícil acesso. As visitas necessitam de guias, em virtude da existência de despenhadeiros próximos a entrada. Existem ainda abelhas, morcegos, diversos tipos de insetos e animais de pequenos portes que necessitam de preservação para assegurarem  o ecossistema da gruta e da compacta mata de caatinga.

ESPORTE

LIGA DE DESPORTOS DIVULGA NOTA DE AGRADECIMENTO AO DEPUTADO GEORGE SOARES




NOTA DE AGRADECIMENTO

A Diretoria da Liga Açuense de Desportos através deste instrumento de comunicação vem tornar público os seus agradecimentos ao Deputado George Montenegro Soares pelo valoroso gesto de disponibilizar emenda parlamentar para a ampliação do Estádio Edgard Borges Montenegro (EDGARZÃO) e de todo o seu esforço para a efetivação do convênio.

Açu - RN, 20 de dezembro de 2012


Francisco das Chagas Soares
Presidente 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

21/12 - DIA DO FIM DO MUNDO


Postado por Fernando Caldas

Eleições 2012

O Rio Grande do Norte  teve o seguinte resultado:

Prefeitos(as) eleitos(as) pela Situação: 55
Prefeitos(as) eleitos(as) pela Oposição: 59
Prefeitos(as) reeleitos(as): 53

O quadro de prefeitas eleitas no RN, incluindo eleições anteriores, é o seguinte:

Eleições 2000: 11 eleitas (6,59%)
Eleições 2004: 23 eleitas (13,78%)
Eleições 2008: 30 eleitas (17,97%)
Eleições 2012: 30 eleitas (17,97%)
  
Fonte: FEMURN.

PARABÉNS!!

MARIA OLÍMPIA NEVES DE OLIVEIRA 
- MAROQUINHA - 
COMPLETA 92 ANOS
Então Prefeita do Assu Maroquinha e o
Presidente da República Castelo Branco
"... O Assu da minha adolescência e juventude era muito movimentado, porque todos nós tínhamos a preocupação de quebrar a monotonia de uma vida provinciana e elevarmos o nível cultural e artístico da cidade".

Trecho de um depoimento da ex-prefeita do Assu
Maria Olímpia Neves de Oliveira - Maroquinha (* 20/12/1920).  
Revista Graúna  - ano 1995.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

LUIZ GONZAGA


Luiz Gonzaga e os músicos Catamilho (zabumba) e Zequinha (triângulo).
Luiz Gonzaga - Xilogravura de Elias Santos

MOTE:

É DIA DO CENTENÁRIO
DE LUIZ REI DO BAIÃO

GLOSA:

Filho de Januário
E Santana que paria
Com benção Santa Luzia
É dia do centenário.
Exu foi seu berçário
Sanfona sua devoção
Perneira, chapéu, gibão
Cantar era sua alegria
Parabéns por este dia
De Luiz Rei do Baião.

Roldão Teixeira
Barra de Cunhaú, 13 de dezembro de 2012.

Nota: Roldão foi chefe do Ministério do Trabalho em Assu onde plantou raízes de amizades, principalmente nos bares tradicionais da cidade. Amigo, um forte abraço!

domingo, 16 de dezembro de 2012

TÚNEL DO TEMPO


Terezinha Roberta (minha mãe) na Praça Getúlio Vargas. Sentado no canteiro, Ivo Pinheiro (meu pai). Ano de 1960 ou 1961. Arquivo: Ivan Pinheiro.

**
Em tempo: Se você desejar publicar fotografias de familiares na série "Túnel do Tempo" pode enviar foto e histórico para pinheirobezerra@hotmail.com que teremos prazer em divulgar.

POESIA

            A FEIRA
Feira de Louças de barro - anos 70, no Assu 










Feira Livre no Assu - foto Jean Lopes
Feira Livre no Assu - foto Jean Lopes











É sábado, amanhece o dia
Chegam primeiro os feirantes
Loroteiros, arrogantes
Arrumam as mercadorias.
Mais tarde vem os feireiros
Sempre em grupos separados
Ainda desconfiados
Com as sacolas vazias.

Grita logo um barraqueiro:
“- Olha aqui feijão novinho
Tem enxofre e mulatinho
Tem o preto e o macaça
Esse amarelinho é bom
O pintado é um azeite
Se quer levar aproveite
Que hoje é quase de graça”.

Muitos trazem pra vender
Couro de bode, algodão,
Batata, milho verde e feijão,
Porco, carneiro e peru,
Depois que terminam as vendas
Se reúnem, vão beber,
As mulheres vão comer
Pé-de-moleque e angu.

Entra um rebanho no bar,
Lá já tem outra patota,
Ali começa a lorota
Pois o prazer é profundo.
Tomam a primeira dosagem
Logo após, outra bicada,
Com a terceira rodada,
Haja mentira no mundo.

Diz um, nunca me faltou
Dinheiro pra brincar
Quando eu quero vadiar
Boto a sela no jumento.
Responde outro, melado
Eu juro no evangelho
Que no meu cavalo velho
Derrubo até pensamento.

Grita um mais exaltado
Comigo não tem ladeira
Eu topo toda zonzeira
Toda brincadeira é festa.
Grita outro, eu também sou
Osso duro de roer
Quem quiser venha saber
Um velho pra quanto presta.

A coisa está esquentando
Vai acabar o zum-zum
Chega a mulher de um
Do outro chega a esposa
Com pouco o filho do outro
Chega pra dar o recado
“- Mamãe está no mercado
Vamos comprar qualquer coisa".

O vendedor de galinha
Fala alto, “aqui freguês
Essa galinha pedrês
É pesada de gordura,
Esse pescoço pelado
É boa pra criar,
Eu garanto ela botar
Cem ovos numa postura.

Um galo velho surú
Pra cantar não tem mais som
O vendedor diz “É bom!
Pode levar que é novinho.
Esse galo, meu amigo,
Ainda tem outra coisa
Tem dado surra em raposa
Que ela perde o caminho.

“- Olha a ovelhinha gorda!”
Gritam lá na criação
Grita o do porco “O leitão
É novinho, cavalheiro”!
O velho que está melado
Não presta muita atenção,
No porco compra barrão;
No bode, pai de chiqueiro.

Na carne de gado mostram
Uma manta do pescoço
“- Aqui é carne sem osso,
Compra boa, quem conhece!”
A carne velha encardida
Como que foi de murrinha
Na panela não cozinha
Na brasa não amolece.

Aquele que se entreteu
Na birita o dia inteiro
Acabou todo o dinheiro
Passou o tempo e não viu
Ficou sem nenhum tostão
No bolso da velha calça
O que sobrou da cachaça
O pife-pafe engoliu.

Arranja uma confusão
Quase ao morrer do dia
Vai para a delegacia
Para um repouso forçado
Coitado, caiu à crista.
De manhã faz a faxina
Inda vai dar entrevista
Com o doutor delegado.
Chico Traíra
Do poeta Francisco Agripino de Alcaniz, o popular Chico Traíra – grande violeiro, assuense de coração, nascido no sítio Pau de Jucá – Ipanguaçu/RN. Em Assu existe uma rua,  no Bairro Frutilândia, que tem Chico Traíra como patrono.  

ARTES PLÁSTICAS


PINCELADAS TELÚRICAS NO COTIDIANO


WAGNER DE OLIVEIRA 
PINCELADAS TELÚRICAS NO COTIDIANO ASSUENSE

No cenário das artes visuais do Rio Grande do Norte a pintura de Wagner de Oliveira apresenta-se como uma novidade surpreendente. Jovem, talentoso, vindo do  Vale do Assu, suas telas nos emocionam pelo lirismo dos personagens e pela força telúrica da paisagem física. 


O artista assuense retrata, com muita sensualidade, o cotidiano do município, lembrando-nos, sem dúvida, Di Cavalcanti, ou mesmo, Vicente do Rego Monteiro, embora de forma atual, isto é, dentro de uma proposta artística do século XXI.

Autodidata, filho do pintor e músico Barrinha, Wagner de Oliveira revela que o primeiro contato com as artes plásticas se deu aos sete anos por meio de revistas e livros com pinturas de Leonardo da Vinci, Monet, Picasso e Van Gogh. Tanta admiração pelos mestres fez o artista tentar vender pequenas histórias ilustradas em folha de ofício na escola.

Mas a principal influência não veio do universo pictórico e, sim, dos quadrinhos dos anos 1980, notadamente Mozart Couto, Eugênio Colonnese, Edmundo Rodrigues e Flavio Colin. Naquela época, apaixonado por gibis, Wagner começou a absorver as técnicas desses quadrinistas.
“Quando comecei a pintar tinha umas seis bisnagas com cores diferentes, mas nenhuma delas era da cor de pele, então resolvi usar o marrom e pintar uma linda negra. Se você pegar as mulheres de Mozart Couto, transformá-las em mulatas, e as colocar em uma tela, vem logo a comparação com Di Cavalcanti”, ilustra.

Wagner assinala ainda que os críticos apontam semelhanças entre sua obra e o expressionismo de Di Cavalcanti: “apesar de ser um belo elogio, eu não me prendo a isso, e procuro encontrar meu próprio estilo”, afirma. No Rio Grande do Norte, Wagner de Oliveira admira o trabalho de Ulisses Leopoldo, Pedro Alves e Marcelus Bob.

Wagner de Oliveira expôs pela primeira vez em 2004, no Assu Mix. Daí até 2008, seus trabalhos sempre estiveram presentes nas festas juninas e feiras de negócios de Assu. Em 2005, ele expôs na Caixa Econômica e realizou cinco exposições durante o movimento Arte em Toda Parte. Naquele mesmo ano participou da 5ª  Mostra Officina Interior. No VIII Salão de Artes Visuais da Cidade do Natal, promovido pela Prefeitura de Natal, por intermédio da Fundação Cultural Capitania das Artes, foi selecionado entre 30 artistas. 


Em 2006, conquistou o 3º  lugar em um concurso de pintura realizado pelo SESI, no projeto SESI Cidadania. Participa também de exposição coletiva em albergue de Ponta Negra e assina a capa do livro “Roda Gigante”, do colunista social Marcos Henrique, em 2009.
Em 2010, obteve destaque no Bardallo´s Comida & Arte com  a mostra individual  "ASSUasMulheres" , onde reuniu 20 telas em técnicas variadas - óleo sobre tela, pastel sobre canson, acrílica sobre tela e grafite sobre canson. Uma das obras, "Flor de cera", foi escolhida para ilustrar a capa do Guia Cultural Solto na Cidade, edição nº 39 -maio/2010.

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"Um homem que trabalha com as mãos é um operário; um homem que trabalha com as mãos e o cérebro é um artesão; mas um homem que trabalha com as mãos e o cérebro e o coração é um artista."
( Louis Nizer )

Fontes: Do blog Potiguarte / Fernando Caldas